Faltam exatos cinco meses para que a chama olímpica seja acesa no Rio de Janeiro, na cerimônia de abertura do evento mais importante já sediado pelo País: os primeiros Jogos Olímpicos da América do Sul.
Evento concebido para celebrar a congregação dos povos, as Olimpíadas deveriam servir, também, para que as principais lideranças políticas do país-sede trabalhassem em conjunto para o sucesso do evento.
O Brasil, no entanto, corre o risco de chegar a 5 de agosto de 2016, data de abertura dos Jogos, em ambiente de guerra civil – ou de "venezualização", como apontam certos analistas políticos. Se nenhuma voz se levantar pedindo razão aos agentes políticos, o Brasil ainda estará discutindo temas como impeachment, cassação de uma chapa presidencial ou novas eleições – o que seria uma absoluta insanidade e uma vergonha global para o País.
Como se chegou a esse ponto? Evidentemente, tal ambiente foi criado pela aliança entre uma oposição golpista, inconformada com os resultados das urnas em 2014, com meios de comunicação descompromissados com a democracia. É isso que faz com que o Brasil esteja sendo massacrado há quase 18 meses por uma campanha sistemática de ódio, que implode a classe política e arrasta a economia para o abismo.
Risco de confrontos
O último fim de semana demonstrou que se esticou demais a corda. Principal incitadora dom golpe, a Globo viu protestos diante de sua sede e também a invasão de uma mansão em Paraty (RJ) cuja propriedade é atribuída à família Marinho (leia mais aqui).
Em desespero, alguns colunistas do jornal O Globo clamaram pela volta dos militares!!! E protestos pró e contra Lula e o PT estão marcados para o próximo dia 13 de março, quando, claro, poderá haver confrontos.
Nesse cenário conturbado, só há uma coisa a fazer. É preciso, como já sugeriu o empresário Abílio Diniz, trancar os quatro principais atores políticos do País numa sala, até que se encontre uma saída para a crise política em que o País foi colocado. Estamos falando da presidente Dilma Rousseff, do vice Michel Temer e dos ex-presidente Lula e FHC, que, neste fim de semana, fez seu primeiro aceno de bandeira branca (leia aqui). Cabe à presidente e ao vice convocar este diálogo.
Hoje, o Brasil vive um processo suicida da classe política, que só favorece outsiders, como, por exemplo, Jair Bolsonaro, antes tido como uma aberração e hoje, cada vez mais, um candidato viável.
Dilma não tem ambições, a não ser concluir seu mandato, deixando um legado de combate à corrupção. Temer precisa renunciar às eventuais ambições de poder. Sim, é preciso reunificar o País, como ele tem dito, mas isso não será feito a partir de um golpe.
Quanto a FHC e Lula, os dois precisam buscar, urgentemente, um denominador comum. Se não houver essa busca de diálogo e entendimento, a Rio de 2016 transcorrerá em meio a um país em chamas.
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