A presidente Dilma Rousseff foi recebida na noite desta quinta-feira em Nova York de forma calorosa por um grupo de pessoas que a esperavam com rosas e cartazes contra o impeachment, em frente à residência do embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Patriota, onde ficará hospedada.
Dilma chega aos Estados Unidos para denunciar ao mundo o golpe em curso no Brasil. No discurso que fará nesta manhã na assinatura do Pacto de Paris na Organização das Nações Unidas (ONU), a presidente deverá dizer que é vítima de um processo ilegal de destituição presidencial, comandado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), com o aval do vice Michel Temer (PMDB), a quem acusa de traição.
A presidente conta com o apoio de diversas publicações globais, que já tratam o golpe de golpe, além de outros organismos internacionais como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e chefes de Estado da América Latina.
No Brasil, o vice e a oposição já reagiram à ofensiva internacional de Dilma. Em entrevista ao influente jornal Financial Times, Temer afirmou que não há nenhum golpe acontecendo no Brasil, ao contrário do que a mandatária tem falado. “Vários ministros do Supremo têm dito que um eventual impeachment da presidente não é golpe. É um processo constitucional”, afirmou ele.
No STF, Celso de Mello, Gilmar Mendes e Dias Toffoli afirmaram que o processo seguiu a Constituição. “Ainda que a presidente da República veja, a partir de uma perspectiva eminentemente pessoal, a existência de um golpe, na verdade, há um gravíssimo equívoco”, disse Celso de Mello.
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