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Lula desafia Michel Temer a enfrentá-lo nas urnas em 2018

4/16/2016


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o vice-presidente Michel Temer em encontro com a militância de movimentos sociais neste sábado. Lula relembrou o período de 21 anos em que a política brasileira foi comandada pelo regime militar, ressaltando que não “haverá golpe” e desafiando Temer para disputa eleitoral pela presidência da República nas eleições de 2018.



“Se o Temer quer ser candidato, não tente através do golpe. Espere chegar 2018. O PMDB é um partido grande. Ele se candidata e vamos para as urnas. Vamos convencer o povo quem é que pode ser melhor”, disse Lula, que defendeu a presidente Dilma Rousseff. “Por que tentar encurtar o mandato da Dilma se ela não cometeu nenhum crime de responsabilidade?”, sustentou.

Segundo Lula, a elite brasileira não gosta muito de democracia, porque é só as classes mais baixas conquistarem algumas coisas que a elite se incomoda. Ele lembrou os exemplos de Getúlio Vargas e João Goulart, que sofreram grandes pressões das elites. Disse, ainda, que o PT nunca pregou o ódio e a discórdia e sabe conviver com divergência de opiniões, mas respeitando as regras democráticas. Já a oposição, segundo ele, tem um conceito de democracia diferente. "A democracia deles não respeita o direito a diferenças. E não adianta carregar bandeiras verdes e amarelas para dizer que são mais brasileiros que a gente", afirmou. "Nós somos trabalhadores. Baderneiro é quem quer derrubar a Dilma com um golpe no Congresso Nacional".

O ex-presidente afirmou que deve continuar negociando com governadores e deputados hoje para conseguir votos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Conquistar votos é uma guerra, parece a Bolsa de Valores, sobe e desce toda hora, então temos que ficar negociando o tempo todo. Hoje, eu ainda vou conversar com três governadores", comentou.

Segundo Lula, a luta é pela democracia e o respeito à Constituição, por isso é importante conversar com os deputados para convencê-los a barrar o impeachment. "Nós não vamos sair do Brasil, não vamos nos exilar, vamos lutar pela democracia", garantiu. Ele lembrou que neste domingo, durante a votação do impeachment na Câmara, pode ter gente que queira "provocar, causar tumultos", mas os apoiadores do governo não podem aceitar provocações.(Com agência Estado)

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