Assim como um mutirão de cirurgias de catarata em São Paulo deixou 18
pessoas cegas em janeiro deste ano, na Bahia, caso semelhante fez 42 vítimas,
em 2009, e até hoje segue sem punição dos indiciados. Nas palavras do Cremeb,
um dos acusados, segue “apto e sem impedimento de exercer a profissão”.
À época, os médicos Alailson Mendes Brito (CRM-BA 15031) e Wagner Gomes
Dias – que é de Minas Gerais – realizaram 71 cirurgias de catarata na Clínica
de Olhos Dr. Alailson Brito, em Eunápolis, no extremo sul do estado. Destes,
segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA), 66 pacientes eram de baixa renda
e beneficiários do Sistema Único de Saúde (SUS). Após os procedimentos, 42
pessoas – na maioria idosas - ficaram cegas.
Segundo o Ministério Público-BA, os pacientes foram vítimas de infecção
na clínica, provocada pela “conduta negligente dos médicos que ali atuaram ao
não adotarem os necessários cuidados que envolviam a observância da validade
dos medicamentos empregados; modo de uso dos medicamentos e equipamentos
utilizados; bem como pela não esterilização dos instrumentos cirúrgicos
utilizados”.
De acordo com a denúncia protocolizada em 2012, Brito e Dias optaram pelo
mutirão após serem contratados, sem licitação, pela prefeitura do município,
que pagou mais de R$ 76 mil pelos serviços dos médicos. “O fato de que a opção
escolhida por eles, os denunciados, foi a realização de cirurgias, em massa,
para reduzir os custos operatórios e permitir a locupletação financeira deles,
os denunciados”, acusa o MP. Ainda de acordo com o Ministério Público, o tempo
empregado pelos doutores nas operações foi de, em média, 16 minutos por
paciente.
Com informações do
Bahia Noticias
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