Os recursos para
manter o programa Farmácia Popular e para o Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu) são suficientes somente até agosto deste ano. O anúncio foi
feito pelo ex-ministro interino da Saúde, Agenor Álvares da Silva, durante
reunião no Conselho Nacional de Saúde.
"Será preciso
encontrar uma forma de pagamento", disse Álvares da Silva na última
quinta-feira, 12. Ele confirmou ainda que recursos não serão suficientes para
honrar compromissos de procedimentos de média e alta complexidade, como
cirurgias e internações, a partir de dezembro.
A dificuldade no
pagamento de contas é fruto de uma redução na previsão do orçamento para o
Ministério da Saúde em 2016, no valor de R$ 5,5 bilhões. "Diante da
redução das verbas, procuramos no primeiro momento controlar os gastos discricionários.
Depois de algum tempo, no entanto, eles chegarão também a procedimentos como
repasses para procedimentos como cirurgias", disse o ministro em
exercício.
A falta de verbas
afetaria, de acordo com Álvares da Silva, o Aqui Tem Farmácia Popular, um dos
desdobramentos do programa inicial, em que estabelecimentos comerciais vendem
medicamentos para rinite, colesterol, mal de Parkinson, glaucoma, osteoporose,
anticoncepcionais e fraldas geriátricas. O preço não é cobrado da população,
mas é reembolsado pelo Ministério da Saúde aos estabelecimentos. "A partir
de setembro, vamos ver como esse repasse terá de ser feito para as farmácias
credenciadas."
PEC defendida pelo governo retira R$ 35 bilhões da Saúde
A proposta de
emenda à Constituição (PEC) nº 134 de 2015, conhecida como "DRU dos
Estados'', pode tirar R$ 35 bilhões da saúde pública em 2017. A estimativa é do
Departamento de Economia da Saúde do Ministério da Saúde.
A PEC foi relatada pelo atual
ministro do Planejamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que deu parecer
favorável ao projeto. O texto deve ser votado em segundo turno no Senado nesta
terça-feira, 17. Estados poderão reduzir em até R$ 14 bilhões os gastos na
área. Os municípios poderão deixar de investir até R$ 21 bilhões. O autor da
proposta é o senador Dalirio Beber (PSDB-SC).
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