O Ministério Público expediu uma recomendação aos frigoríficos do
município de Miguel Calmon, no Centro-Norte da Bahia, para que suspendam o
abate de jegues. Foram notificados os os frigoríficos Piemonte da Chapada e
Regional da Chapada Norte, nesta segunda-feira (18), sob pena de
responsabilização civil, administrativa e criminal. Até o final deste ano,
estava previsto o abate de 2 mil jegues no município.
Eles têm 48 horas após a notificação para comprovar o “o
encaminhamento dos animais para pastagem, com disponibilização de água, alimento,
tratamento e abrigo adequados”.
A recomendação foi expedida pelo promotor de Justiça Pablo Antônio
Cordeiro de Almeida, que recomendou ainda que os frigoríficos apresentem guias
de trânsito dos animais e os exames sanitários relativos aos jegues custodiados
nas dependências do frigorífico ou do fazendeiro fornecedor.
Os frigoríficos também vão ter que comprovar, em laudos técnicos, que o
manejo dos animais e a planta frigorífica não causa dano ou maus tratos aos
jegues. Além de ter que comprovar a habilitação dos funcionários para o manejo
dos animais. Os frigoríficos têm 10 dias para apresentar todos os documentos.
Cerca de 300 jegues já foram abatidos no município. A carne é usada para
consumo animal e o couro será exportado para a China. Os dois mil animais vão
gerar cerca de 200 toneladas de produtos.
O frigorífico Frigoserra, no município de Serrinha, no Nordeste da
Bahia, desistiu de realizar o abatimento de jegues, equídeos, mulas, jumentos e
outros animais. Em nota, a assessoria do MPE informou que a decisão foi tomada
depois de uma recomendação feita pelo órgão. Um dia antes do abatimento ilegal
de jegues, a Promotoria tomou conhecimento do caso e foi até o
frigorífico.
Correio da Bahia
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