Juazeiro,
na Bahia, Petrolina e Carpina, em Pernambuco, e, amanhã, Caruaru e Recife.
Foram essas as cidades escolhidas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
para retomar seu caminho de volta ao Palácio do Planalto, em 2018 ou até antes
disso, caso a crise política desemboque em eleições antecipadas; em todas as
falas, Lula mandou recados aos adversários; na Bahia, disse que, "se eles
não sabem governar sem privatizar, eu sei"; em Pernambuco,
afirmou: "Se eles quiserem reduzir os direitos do povo brasileiro a
pó, eu digo: Não me provoquem, porque eu posso voltar"; que ninguém se
engane: Lula é candidatíssimo e a agenda social e econômica do interino Michel
Temer só o favorece
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Lula iniciou seu périplo nordestino por Juazeiro, a cidade
natal de João Gilberto, na Bahia, onde não poderia ter sido mais explícito
sobre suas reais intenções. "Agora eles estão tentando desmontar
programas sociais, criar as condições para vender a Petrobras, o Banco do
Brasil... Esse filme já vimos. O PT tem quadros muito bons e eu não preciso
voltar. Agora, se o governo que está aí não sabe governar e precisa vender
patrimônio público, eu digo: se vocês não sabem, eu sei", afirmou.
Coincidentemente, o Nordeste é a região onde o governo
interino de Michel Temer é mais rejeitado. E Lula sabe bem que o programa que
vem sendo implementado, que prevê cortes de programas sociais e privatizações,
não foi referendado pelas urnas. Sem falar na proposta de emenda constitucional
que fixa um teto para gastos públicos e atinge, essencialmente, os mais
pobres. "Eu dizia: se você quer acabar com a fome do seu país, não
tem outro jeito: você precisa incluir o pobre no orçamento. Seria impossível
esse país chegar onde chegou se não fossem vocês", afirmou o
ex-presidente.
Da Bahia a Pernambuco
De Juazeiro, Lula viajou a Petrolina e depois a Carpina,
duas cidades pernambucanas onde foi tratado como rei. De lá, segue para Caruaru
e depois a Recife. Numa de suas falas, ele voltou a bater duro na agenda de
retrocessos sociais do interino. "Se eles quiserem reduzir os
direitos do povo brasileiro a pó, eu digo: Não me provoquem, porque eu posso
voltar e ser candidato em 2018."
Lula candidatíssimo e, por isso mesmo, seus adversários
trabalham para transformá-lo em ficha suja. Isso passa por uma eventual
condenação em Curitiba, onde Lula poderá ser julgado pelo juiz Sergio Moro, e
depois em segunda instância. O ex-presidente, no entanto, se mostrou
despreocupado. "Todo dia alguém diz que vai falar o nome do Lula.
Estão há dois anos investigando e duvido que se ache um empresário a quem eu
pedi R$ 10", afirmou. Segundo ele, as investigações o incomodam
"como uma coceira. Já teve carrapato?", questionou.
Brasil247
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