A Polícia Federal prendeu um grupo amador terrorista pego no Brasil tentando comprar armas no Paraguai e cometer algum atentado. Fizeram juramento ao Estado Islâmico, mas aparentemente não tinham contato direto com o grupo. Os 10 membros supostamente eram recém-convertidos ao islamismo. E esse é um dado importante.
Vê-se o crescimento do islamismo no
Brasil, em especial nas periferias, com preocupação. Não pelo Islã em si, mas
pelos neo-fiéis, em geral pessoas sem rumo, desesperadas, buscando sentido pra
vida. Alguns vão ao islamismo, outros vão ao neopentecostalismo e nós sabemos o
resultado disso: fanatismo, homofobia, intolerância, influência na política,
cabresto eleitoral etc.
Agora imaginem só se, como pregam Bolsominions da vida, o porte de armas no Brasil fosse irrestrito como nos EUA? Qualquer grupelho amador teria capacidade de causar estragos imensos.
Agora imaginem só se, como pregam Bolsominions da vida, o porte de armas no Brasil fosse irrestrito como nos EUA? Qualquer grupelho amador teria capacidade de causar estragos imensos.
Mais pormenores: não se vê a religião em si como
problema -- em que pese não se ver com bons olhos o crescimento do islamismo nas
periferias ou do neopentecostalismo. O problema é o fiel. São as razões pela
procura dessas novas religiões, muitas vezes em vertentes radicais.
Pessoas vulneráveis precisam de muita coisa, mas,
sem dúvida, não de seitas apocalípticas ou de lavagem cerebral. Se o País não
tem capacidade de combater o fundamentalismo - que tem até espaço em TV e forte
presença no Parlamento - imaginem então combater radicalização islâmica.
Digna de nota nesse caso é a velocidade com que
certas alas da esquerda declaram que "é mentira". Que é armação e etc
pra cima dos até então dez presos... Quem afirma que é mentira tem tanta base
pra afirmar isso quanto quem já os condenou: nenhuma. A história está
claramente mal contada, há informação mantida em sigilo e mesmo pontos que não
batem, e isso pode levantar suspeitas, mas de forma alguma facilitar
conclusões.
O Estado não é confiável - já chegou até a acusar o
filósofo Bakunin, morto há quase 200 anos, de terrorismo no Rio de Janeiro -, o atual
ministro da Justiça pode ter realmente aspirações políticas e é conhecido pela
truculência, assim como o ministro da Justiça anterior, que ofereceu Força
Nacional para reprimir protestos e apoiou a criminalização de manifestantes.
Ainda assim, não se têm instrumentos para chegar a
uma conclusão no caso específico. E, sejamos honestos, muitos dos que, por
birra com o atual ministro, concluem que é tudo uma farsa têm igualmente razões
políticas para fazê-lo e, quando estiveram no poder, não foram diferentes.
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