Em nota publicada na noite de ontem,
o ex-presidente Lula fez sua crítica mais direta à força-tarefa da Lava Jato e
disse que seu indiciamento no caso Guarujá visa afastá-lo do processo político
por "vias tortuosas e autoritárias".
Confira abaixo:
O relatório do delegado Marcio Anselmo sobre o Edifício Solaris,
divulgado hoje (26/08), é a prova cabal de que, após dois anos de investigações
marcadas por abusos e ilegalidades, os operadores da Lava Jato não encontraram
nenhuma prova ou indício de envolvimento do ex-presidente Lula nos desvios da
Petrobrás.
Não encontraram
porque este envolvimento nunca existiu, como bem sabe a Lava Jato. Mas
seus operadores não podem admitir, publicamente, que erraram ao divulgar, por
tanto tempo e com tanto estardalhaço, falsas hipóteses e ilações. Por isso,
comportam-se de forma desesperada, criando factoides para manter o assunto na
mídia. O relatório do delegado Anselmo é "uma peça de ficção", de
acordo com a defesa de Lula (leia nota dos advogados ao final do
texto)
Lula não é e
nunca foi dono do apartamento 164-A do Solaris nem de qualquer
imóvel além dos que declara no Imposto de Renda. O relatório do delegado
Anselmo não acrescenta nada aos fatos já conhecidos. É uma caricatura jurídica;
um factoide dentre tantos criados com a intenção de levar Lula a um julgamento
pela mídia, sem provas e sem direito de defesa.
É simplesmente inadmissível indiciar um
ex-presidente por suposta (e inexistente) corrupção passiva, a partir de
episódios transcorridos em 2014, quatro anos depois de encerrado seu governo. É
igualmente inadmissível indiciar pelo mesmo sposto crime o presidente do
Instituto Lula, Paulo Okamoto, que também não é servidor público.
Mais grave, injusto e repugnante, no
entanto, é o indiciamento de Marisa Letícia Lula da Silva. Trata-se de
mesquinha vingança do delegado e de seus parceiros na Lava Jato, a cada dia
mais expostos perante a opinião pública nacional e internacional, pelos abusos
sistematicamente cometidos.
Esta mais recente violência da Lava Jato
contra Lula e sua família só pode ser entendida por 3 razões:
1. O desespero dos operadores da
Lava Jato, que não conseguiram entregar para a imprensa a mercadoria
prometida, ou seja: provas contra Lula nos desvios da
Petrobrás.
2. Trata-se de mais uma retaliação
contra o ex-presidente por ter denunciado os abusos da Lava
Jato à Corte Internacional de Direitos Humanos da ONU;
3. É mais um exemplo da sistemática
sintonia entre o calendário da Lava jato e a agenda do golpe, tentando
criar um “fato novo” na etapa final do processo de impeachment.
O povo brasileiro reconhece Lula como o melhor
presidente que o país já teve, o que está claro nas pesquisas sobre as eleições
de 2018. O povo está percebendo, a cada dia com mais clareza, os
movimentos da mídia, dos partidos adversários do PT e de agentes do estado, que
não atuam de forma republicana, para afastar Lula do processo político, por
vias tortuosas e autoritárias.
Têm medo de Lula e têm pavor da força do
povo no processo democrático.
Leia, aqui, nota dos advogados de Lula.
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