Esse foi o preço pago pela população brasileira pela aliança entre o
senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que
paralisou o País com a política do "quanto pior, melhor", colocada em
marcha para criar as condições para o afastamento da presidente Dilma Rousseff;
dados foram divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho e representam o pior
resultado desde 1985; além da perda de postos de trabalho, houve ainda uma
queda de 2,56% na renda média dos trabalhadores; no início de 2015, um dos
líderes do PSDB, o ex-governador Alberto Goldman, indicou o caminho, ao dizer
que o impeachment só viria se houvesse deterioração econômica – ou seja,
"quanto pior, melhor"
A política do "quanto pior, melhor", colocada em marcha pela
aliança entre o senador Aécio Neves (PSDB-MG), derrotado nas eleições
presidenciais de 2014, e o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), viabilizou o
impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas custou muito caro para a
sociedade brasileira.
Dados divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho revelam
que foram perdidos 1,5 milhão de empregos com carteira assinada em 2015,
primeiro ano do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, que enfrentou um
Congresso paralisado pelo agenda do impeachment e das pautas-bomba.
O resultado foi o pior desde 1985. Com isso, o Brasil terminou 2015
com um total de 48,061 milhões de empregos com carteira assinada – abaixo de
2014 e de 2013. O rendimento real (ajustado pela inflação) do trabalhador
brasileiro, em média, caiu de R$ 2.725,28, em 2014, para R$ 2.655,60, em 2015.
Isso representa uma queda de 2,56% no rendimento.
No início de 2015, um dos líderes do
PSDB, o ex-governador Alberto Goldman, indicou o caminho para o "quanto
pior, melhor", ao dizer que o impeachment só viria se houvesse
deterioração econômica. “Sobra o caminho legal do impedimento, que só
acontecerá se o agravamento das condições econômicas e políticas persistirem a
ponto de mobilizar o povo e os partidos para uma solução que, de qualquer
forma, ainda que legal e democrática, não deixa de ser traumática”, disse ele
(relembre aqui).
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