Temer, o primeiro na fileira de baixo, distante dos demais líderes e em posição fácil para ser cortado da foto oficial do G20
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O presidente de
facto, Michel Temer, desembarcou da frustrada viagem à China,
antecipada em mais de três horas após o cancelamento de agendas com chefes de
Estado, no encontro do G20. Temer foi tratado friamente pela maioria dos
presidentes do grupo, todos eleitos democraticamente por seus povos. A
expectativa era de que o avião presidencial pousasse na Base Aérea de Brasília
às 14h30 desta terça-feira, mas o avião destinado ao transporte de presidentes
da República pousou por volta das 11h. Da base aérea, foi foi direto ao Palácio
do Jaburu, residência oficial da Vice-presidência, sem falar com a imprensa.
Esperavam por Michel Temer o ministro-chefe da Casa Civil,
Eliseu Padilha, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima,
e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que assumiu interinamente a Presidência
da República enquanto o presidente de
facto encontrava-se fora do país.
Na China, Temer teve sua experiência inicial como ocupante do
Palácio do Planalto, em sua primeira viagem oficial ao exterior, uma vez
consolidado no cargo após a deposição da presidenta Dilma Rousseff. Na condição
de mandatário ilegítimo, Michel Temer foi o único dirigente a não ter seu
nome citado na lista de presença do encontro do G20, que reúne as 20 maiores
economias do mundo todos os anos. Em vez de apresentar o nome de Michel Temer,
a lista elencou “líder brazileiro” (com grafia errada), mesmo três dias após
cassado o mandato de Dilma Rousseff.
No evento, realizado
em Hangzhou, capital da província de Zhejiang, na China, Temer foi
levado por integrantes do cerimonial a posar, na foto oficial, distante dos
demais chefes de Estado e em uma posição na qual pode ser excluído do quadro
com um simples corte na fotografia. Iniciada no domingo a reunião
terminou nesta segunda-feira. Após o término do encontro, não foi agendada
qualquer reunião bilateral posterior, como seria possível, em condições
normais.
Esqueceram de Temer
No documento, distribuído aos
participantes do 11º Encontro do G20, sediado em Hangzhou, Zhejiang, em 4
e 5 de setembro, os organizadores distribuíram a seguinte lista:
Os seguintes líderes dos
países-membros do G20 irão comparecer ao encontro a convite do presidente
Xi Jinping:
• Presidente Mauricio Macri, da
Argentina; líder brazileiro; presidente
François Hollande, da França; presidente Joko Widodo, da Indonésia; presidente
Park Geun-hye, da ROK; presidente Enrique Pena Nieto, do México; presidente
Vladimir Putin, da Rússia; presidente Jacob Zuma, da África do Sul; presidente
Recep Tayyip Erdogan, da Turquia; presidente Barack Obama, dos
EUA; primeiro-ministro Malcolm Turnbull, da Austrália;
primeiro-ministro Justin Trudeau, do Canadá; chanceler Angela Merkel, da
Alemanha; primeiro-ministro Narendra Modi, da Índia; primeiro-ministro Matteo
Renzi, da Itália; primeiro-ministro Shinzo Abe, do Japão; primeira-ministra
Theresa May, do Reino Unido; presidente Donald Tusk, do Conselho Europeu;
presidente Jean-Claud Juncker, da Comissão Europeia; vice-primeiro-ministro da
Arábia Saudita, príncipe Muhammad bin Salman Al Saud da Arábia Saudita;
presidente Idriss Deby, de Chade; presidente Abdel Fatah al-Sesi, do
Egito; presidente Nursultan Nazarbayev, do Casaquistão; presidente Bounnhang
Vorachith, de Laos; presidente Macky Sall, de Senegal; primeiro-ministro Lee
Hsien Loong, de Cingapura; primeiro-ministro Mariano Rajoy,
da Espanha; primeiro-ministro Prayut Chan-ocha, da Tailândia;
secretário-geral da ONU Ban Ki-moon; presidente do Banco Mundial, Jim
Yong Kim; diretora do FMI, Christine Lagarde; diretor-geral do WTO,
Roberto Azevedo; diretor-geral Guy Ryder, da Organização Internacional do
Trabalho; presidente Mark Carney, do Financial Stability Board; a
secretária-geral Angel Gurria, da OECD.
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