Não há problema de comunicação capaz de
ser resolvido pelo governo usurpador de Temer.
Ele não é apenas ilegítimo, mas
absolutamente incapaz de ver as contradições em que recai constantemente,
sobretudo pela incompetência e pelo fato de que, como chegou ao poder através
de um golpe, não é necessário dar satisfação de nada.
Que sentido há em organizar um banquete
com dinheiro público para tentar garantir a aprovação de uma PEC que limita os
gastos públicos?
Não havia um idiota para levantar essa
questão quando algum outro idiota teve essa ideia? Quanto custou a
“recepção”?
A assessoria se recusa a abrir,
obviamente. Mas façamos uma conta de padaria (com todo o respeito aos
padeiros).
Eram cerca de 500 convidados no
Palácio do Alvorada. Os deputados foram com seus “familiares”.
O cardápio incluiu carne com risoto de
funghi, salmão, salada e massa. Mais o vinho — em torno de 80 reais a garrafa,
segundo um ex-funcionário do cerimonial.
Dois economistas, José Márcio Camargo,
da PUC-RJ, e Armando Castellar, da FGV-RJ, fizeram exposições com power point.
Acrescentemos a passagem dos dois,
acompanhados, o hotel, e o aluguel do equipamento para o show dallagnolesco
Por baixo — por baixo —, a coisa saiu
em torno de 100 mil reais. E não estou computando o vallet, por exemplo.
A boca livre teve selfie com Marcela
Temer e discurso do marido. “Todos nós precisamos revelar que nós temos
responsabilidade, porque todos nós estamos cortando na carne”, disse ele,
enquanto os apaniguados metiam a faca no peixe.
Os parlamentares estavam “dando o
exemplo” de estar em Brasília num domingo à noite, “algo que geralmente não
costuma ocorrer”, apontou. Como se aquilo fosse algum sacrifício cívico e não
uma mordomia a mais.
No dia seguinte, Temer viria com uma
chantagem explícita. Em entrevista à rádio Estadão, ameaçou com aumento de
impostos se a proposta não passasse. “Nós estamos fazendo tudo, você percebe,
para não falar em recriar a CPMF”, afirmou.
Ao final da festança, o ministro da
Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, arrematou: “O Judiciário brasileiro
tem a absoluta noção da responsabilidade histórica desse momento que vivemos”.
O Brasil se já é considerado ridículo, some-se a isso esse bando de festeiros golpistas fazendo farra com dinheiro público.
O Brasil se já é considerado ridículo, some-se a isso esse bando de festeiros golpistas fazendo farra com dinheiro público.
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