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ESTADOS UNIDOS DO BRASIL DO SUL

3/25/2018




No século XIX, os gaúchos travaram uma longa batalha contra o Império do Brasil durante a Guerra dos Farrapos. 

Em recente festividade da Semana Farroupilha que relembra o episódio histórico, uma manifestação pregava o separatismo do Rio Grande do Sul em relação ao Brasil.


A existência de movimentos para a constituição de um estado independente no Sul não é novidade alguma. Há os que sonham com a construção do país Farroupilha, da República dos Pampas, do Estado Rio-Grandense.

Há também os catarinenses e paranaenses que compartilham ideais separatistas e lutam pela criação de uma união federalista entre os três estados do atual Sul do Brasil.


A TRINDADE SULINA


Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina formam juntos, de fato, uma região muito peculiar. A região que já foi predominantemente dominada por estancieiros portugueses e espanhóis recebeu uma enorme imigração de italianos e alemães.



Os europeus constituíram colônias tão europeias que ainda hoje há regiões no sul em que pode se ouvir dialetos alemães e italianos. A colonização completamente diferente em relação ao resto do país foi responsável por criar características únicas na região. Há quem diga que o Sul é um pedaço da Europa no Brasil.

É a menor região em superfície territorial no Brasil, em contrapartida, apresenta os maiores índices de alfabetização no país, o maior IDH e o segundo maior PIB per capita.


Por mais que comumente sejam alvos de implicância por parte do resto do país, os sulistas possuem um orgulho de suas raízes completamente incomuns a outras regiões do Brasil. Praticamente todo cidadão rio-grandense sabe o Hino de seu estado e o entoa a plenos pulmões durante festividades públicas e eventos esportivos regionais.



Em um recente artigo de ficção escrito para o jornal Zero Hora, de Porto Alegre, o historiador Mário Maestri, o jornalista e escritor Elmar Bones e o professor de literatura Luiz Horácio projetam suas interpretações de como seria o país farroupilha caso os farrapos tivessem saído vitoriosos do conflito:


"Sem matérias-primas, sem petróleo, sem um porto decente como Montevidéu, restaria aos pampianos a produção de carne, de lã, os móveis e chocolates de Guaíba, uma raquítica agricultura, carente de implementos e agrotóxicos, comprados a peso de ouro de São Paulo, e travada pelas barreiras alfandegárias sobretudo do Brasil. A saída seria transformar os pampas em um imenso deserto verde, igual que o Uruguai atual!"




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