O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio de Mello decidiu há pouco
aceitar pedido do Partido Ecológico Nacional (PEN) para suspender por cinco
dias a ação na qual a legenda discute a legalidade da execução de condenações
após o fim de recursos na segunda instância da Justiça.
A
liminar para que o assunto fosse julgado foi solicitada, na semana passada,
pelo próprio partido, mas a legenda destituiu hoje (10) o advogado Antônio
Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e contratou um novo advogado para atuar no
processo. Diante da troca, o novo advogado pediu vista do processo e mais tempo
para analisar o caso.
“Os
novos advogados constituídos não têm conhecimento da totalidade da ação e nem
da tramitação dos autos, tornando assim necessário tempo para que possam
estudar o feito e analisar situações de questões de ordem, regimental e
processuais”, argumenta a defesa.
Apesar
de não estar pautada para ser julgada, o relator, ministro Marco Aurélio,
afirmou que deveria pedir, nesta quarta-feira (11), à presidente da Corte,
ministra Cármen Lúcia, para que a questão fosse julgada novamente. A pretensão
do ministro seria uma forma de pressionar a Corte a analisar o caso, sendo que
Cármen Lúcia afirmou que uma nova análise seria “apequenar o STF”.
Por
trás da decisão, está o temor político do partido de que o resultado do
julgamento possa favorecer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ação
foi proposta em 2016 e outro pedido de liminar foi rejeitado pela Corte. Na
época, a Corte autorizou as prisões após o fim dos recursos na segunda
instância.
Nesta manhã, Adilson
Barroso, presidente do PEN, (Partido Ecológico Nacional), disse à Agência Brasil que buscará
desistir de “tudo que for possível” na ação. “Não quero mais essa compreensão
de que estamos salvando o Lula, porque nós somos de direita conservadora, e
isso não faria sentido”, declarou Barroso.
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