Está ficando claro que ninguém aguenta mais o
Temer. Nem os caminhoneiros, nem seus aliados, nem a turma do STF, nem o
mercado, nem a turma do Pato Amarelo, nem a esquerda, nem a direita, nem a
imprensa golpista, nem a população em geral. Noventa e cinco por cento
desaprovam a forma como ele conduziu a greve e que não consegue debelar.
Forma-se o consenso, da população a todas as
esferas de poder político e econômico de que é preciso removê-lo. Resta saber
como.
Não tenho dúvida de que a sua retirada do Planalto
já é assunto de debates. O caminho constitucional seria a chefe do PGR
apresentar a terceira denúncia contra ele e o Congresso aprová-la.
Mas há outras formas de ele sair. O fato é que ele
não tem mais como continuar.
Em outras situações de impasse como esse
recorreu-se aos militares e aos religiosos.
Em
1930, quando Washington Luís se recusava a sair do palácio mesmo cercado pelas
tropas de Getúlio, aclamadas pelos cariocas que não aguentavam mais o
"barbado", a maior autoridade religiosa do país, o cardeal Mota foi
escalado para demovê-lo, no que foi bem-sucedido.
O
presidente deixou o palácio na companhia do cardeal, rumo ao forte de
Copacabana, onde ficou preso por seis meses.
Em
1946, pressionados pelo governo americano, os generais instaram Getúlio a se
retirar do poder, sem alarde, porque, como alegavam, os tempos eram outros, a
ditadura saíra de moda.
Alex Solnik
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