Após o Ceará, alvo de 161 ataques de facções criminosas em 39
cidades do estado desde a última quarta-feira (2), pedir ajuda federal para
amenizar a violência no estado, os governadores Renato Casagrande (Espírito
Santo) e Helder Barbalho (Pará) querem apoio da Força Nacional para a segurança
em seus estados.
Casagrande tem um encontro nesta quarta-feira (9) com o
ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, em Brasília, para tratar
do reforço da segurança e da estrutura do sistema prisional do estado, que
estaria sob ameaça por causa da superlotação. Barbalho pediu envio ao estado de
500 homens da Força Nacional para impedir o avanço da criminalidade. De acordo
com a pasta da Justiça, a solicitação está em análise na pasta.
O jornal O Globo veiculou uma versão favorável tanto ao governo
Temer como ao de Bolsonaro sobre uma suposto sucesso dos setores da
inteligência do Estado -que não se confirma nas ruas do Ceará e agora
espalha-se para outros Estados.
Segundo o jornal, "fontes do primeiro escalão
do ex-presidente Michel Temer e auxiliares diretos do atual ministro da
Justiça, Sergio Moro, revelaram que o trabalho das forças de segurança
conseguiu neutralizar, nos últimos dias de dezembro, a ação das facções
criminosas dentro dos presídios.
A inteligência policial não teria eliminado,
porém, o risco de que os ataques, que se alastraram pelo interior do Ceará,
migrem para prisões de outros estados".
Ou seja, a crise poderá alastrar-se ainda mais, pois há mais
estados sob monitoramento do governo. De acordo com "interlocutores do
ministro da Justiça" citados pelo jornal , um dos motivos da revolta entre
os presos foi a decisão de Temer de não conceder indulto de Natal no fim do
ano.
Na semana passada, o Ceará recebeu recebeu 406 agentes da
Força Nacional, 100 policiais militares da Bahia e 50 policiais rodoviários
federais. Foram incendiados ônibus, carros particulares e oficiais, caminhões
de entrega, caçambas de lixo, canteiro de obras, estacionamentos e até uma
concessionária de veículo foram incendiados. Prédios públicos foram
metralhados, um viaduto e uma ponte tiveram a estrutura danificadas. Também
foram encontrados explosivos nos trilhos do metrô de Fortaleza.
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