O governo do presidente da Venezuela, Nicolás
Maduro, começou a mobilizar tropas e tanques de guerra para a fronteira entre
seu país e o Brasil na tarde desta quarta. É uma reação ao inesperado anúncio
da participação do governo de Jair Messias Bolsonaro na entrega da 'ajuda internacional'
urdida pelos Estados Unidos, a partir de um pedido feito pelo presidente da
Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, autoproclamado presidente
interino. O início das operações dos EUA, Brasil e Colômbia está previsto para
o próximo sábado (23).
O envolvimento do governo Bolsonaro na
primeira fase da operação foi uma surpresa até mesmo para a oposição
venezuelana e levou funcionários do governo bolsonarista a mergulharem num ritmo vertiginoso de
trabalho em Brasília para organizar em menos de três dias o envio de
medicamentos e alimentos à cidade de Boa Vista, em Roraima, doados pelos
governos do Brasil e dos Estados Unidos, segundo informação de
O Globo.
Apesar
de Jair Messias Bolsonaro dizer que os militares não irão participar da ação,
uma fonte declarou o contrário a O Globo: "o que os militares
bolsonaristas estão fazendo é trabalhar na contra-inteligência".
"Esse
trabalho implica estar monitorando cada passo dado pelo governo Maduro para
tentar boicotar o canal humanitário, passar informações aos venezuelanos e
tentar ajudar a que a iniciativa de Guaidó dê certo. Nossos militares estão
participando, mas não de uma forma evidente e que possa levar a acusações de
ingerência ou até invasão estrangeira", afirmou a fonte, na reportagem da
jornalista Janaína Figueiredo.
Nicolás Maduro
qualificou a falsa ajuda humanitária dos EUA como um "show" e
"trapaça pega-bobos" e destacou que a Venezuela já irá receber uma
ajuda humanitária da Rússia, que irá entrar "legalmente" na Venezuela
e "que foi paga por seu governo".
No
total, serão 300 toneladas de remédios e alimentos entregues por cargueiros
russos no território venezuelano.
Em
Brasília, fontes do governo Bolsonaro asseguram que todos os cenários estão
sendo avaliados, inclusive os militares.
"É
claro que isso não será dito publicamente, mas a verdade é que o Brasil está
preparado para tudo, inclusive para uma eventual ação militar" enfatizou a
fonte ao jornal.
Fonte: Brasil 247
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