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BOLSONARO É CARTA FORA DO BARALHO E JUNTA MILITAR ASSUME O PODER

2/20/2019


Foram pouco mais de 45 dias da experiência mais bizarra de poder na história do país. Mas acabou. O governo Jair Messias Bolsonaro, como aquele arranjo de poder vitorioso nas urnas em outubro de 2018, não existe mais. 

Começa agora a fase dois do regime que está encerrando o tempo da Constituição Cidadã de 1988. Assume o poder uma junta militar num governo já dominado por eles. São quatro generais, todos encastelados no Palácio do Planalto: Augusto Heleno, Hamilton Mourão, Carlos Alberto dos Santos Cruz e Eduardo Villas Bôas. A junta pode incorporar nos próximos dias o general Floriano Peixoto Neto, que substitui Bebianno.

Não é propriamente um golpe de Estado. Golpe houve em 2015-16. Eles já estão lá. Já ocuparam todos os postos-chave do governo. Assumem o poder deixado vago pelas figuras caricatas de Bolsonaro e seus filhos. O capitão Jair poderá continuar morando no Palácio do Alvorada e até jogar videogame em seu escritório no Planalto. Basta obedecer seus superiores, os generais.  


A junta militar assume com amplo apoio das elites civis. Os militares são vistos como, talvez , a última chance de implementação de um programa para o país que pretende alienar as riquezas nacionais e concentrar riqueza em escala nunca vista, sob o discuso da "competência", do ultraliberalismo e sob a égide do "mercado".

Bolsonaro é carta fora do baralho.

As elites já haviam concluído que com Jair Bolsonaro não vai dar pé antes das gravações com Bebianno, que desmoralizaram pai e filho de maneira irremedável. Os editoriais de O Globo e d'O Estado de S.Paulo desta terça foram definitivos: acabou. 

"Seria ingênuo acreditar que Bolsonaro, de uma hora para outra, passará a se comportar como presidente e assumirá as responsabilidades de governo", decretou o jornal paulista. 

Os Marinho,  donos da Rede Globo, fazendo jus à longa tradição golpista da família, não se fizeram de rogados: pediram uma junta militar para assumir o comando depois do desgoverno de Bolsonaro. Eles sabem o que querem.

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