O
tempo fechou na noite da quinta-feira (28) no voo LATAM 3845, de Brasília para
Belo Horizonte. Segundo testemunhas, o ministro do turismo Marcelo Álvaro
Antônio bateu boca e ameaçou dar um soco em um antigo desafeto, Michel Neves
Winter, uma das lideranças de apoio a Bolsonaro em Minas Gerais. Depois de ser
chamado de "bosta" pelo ministro, Winter o acusou de
"oportunista", lembrando das investigações da Polícia Federal e do
Ministério Público sobre seu envolvimento com candidaturas laranjas.
A
confusão aconteceu na área de acesso à aeronave. Segundo o relato de outros
passageiros, o clima esquentou e um funcionário da companhia interveio,
determinando que os dois se sentassem em áreas isoladas do avião. Houve até
ameaça de chamar a PF para retirá-los do voo.
A
assessoria do ministro informou que "vai registrar boletim de ocorrência
sobre as ameaças que sofreu por parte de Michel Neves Winter". Para a
assessoria, Marcelo Álvaro é alvo de uma "campanha difamatória" e
Michel teria insinuado participação nas denúncias recentes de ex-candidatas do
PSL, ao dizer que são "apenas o começo e vão até as últimas consequências".
Localizado pela
coluna, Michel negou ter difamado o ministro, mas refrescado sua memória.
–
Ele me abordou e me difamou, me chamando de "bosta". Ele vai ter que
explicar o que quis dizer com isso. Diferentemente dele, não sou acusado de
nada, não sou filiado ao partido dele, nem culpa tenho no que aconteceu. Fui
líder da campanha independente do Bolsonaro em Minas. Ao me denegrir, ele
ameaçou a todos bolsonarianos – afirmou.
Michel também negou
fazer "campanha difamatória" contra Marcelo Álvaro.
– A
raiva dele e a implicância comigo vêm desde a época da campanha, quando gravei
um vídeo sobre ele, contando que achava um absurdo ele desmerecer a candidatura
do Zema (governador de Minas), a única realmente comprometida com a mudança –
disse.
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