Após
um debate que durou mais 6 horas, o ministro da Economia, Paulo Guedes,
abandonou a reunião na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da
Câmara que debatia a proposta de Reforma da Previdência do governo Bolsonaro.
Guedes saiu contrariado após ouvir do deputado Zeca Dirceu
(PT-PR) que ele era “um tigrão para retirar direitos dos aposentados, idosos e
pessoas com deficiência, mas ‘tchutchuca’ com a turma mais privilegiada do
País”.
Durante toda a reunião o ministro desrespeitou os deputados da
oposição, chegando a dizer que “aqueles que não concordam com a reforma (da
Previdência) deveriam ser internados”.
Vários parlamentares do PT e de partidos de oposição criticaram
o ministro pela falta de apresentação de dados técnicos e projeções que
sustentassem o discurso do governo. Durante o debate, Paulo Guedes repetiu o
surrado mantra de que “sem a reforma, a Previdência quebra”.
O líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS),
disse que a sociedade já percebeu o retrocesso que é a proposta de reforma do
governo.
Ele lembrou que durante e após a defesa de Paulo Guedes na Câmara, o próprio mercado financeiro já percebeu a falta de apoio à proposta.
“A imprensa disse que a bolsa caiu e o dólar subiu. A base do
governo é contra (a reforma). O senhor está sozinho. Vi uma recente entrevista
em que o senhor dizia que se não aprovassem a Reforma Previdência o senhor iria
para casa. Eu acho que o senhor vai ter que ir para casa. Porque essa proposta
vai ser enterrada aqui”, ironizou Pimenta.
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