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REINALDO BRAGA FILHO: O REI DE MIDAS E A PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA

12/09/2020




O mundo encantado de fantasias parece não ter fim. É, meus amigos! O gestor municipal prometeu fazer a ampliação da Estação de Tratamento de Água - ETA no município, mas, infelizmente, foi apenas mais uma promessa de campanha não cumprida. 


Agora, o prefeito Reinaldo Braga Filho promete privatizar o Sistema Autônomo de Água e Esgoto em Xique-Xique, o que seria um equívoco. Pois é sabido que todas as tentativas de privatização dos sistemas públicos se tornaram os grandes rivais da população no país. 


Em pleno século XXI, histórias da mitologia ainda podem ter muito a nos ensinar. Com ideia do prefeito em privatizar o Sistema de Água e Esgoto de Xique-Xique - SAAE, ele começa a se sentir como um verdadeiro Midas da pós-modernidade. E a privatização dos serviços de saneamento vem sendo apresentada como o novo “toque de Midas”, capaz de encher de ouro os cofres de seus palácios.


Só que os tempos mudaram e a ambição do gestor, Reinaldo Braga Filho, tornou-se ainda maior que a do rei mitológico. O que se pretende agora é transformar a própria água em ouro.


A história da privatização dos serviços de saneamento não é recente e tampouco é privilégio. Em diversas regiões do mundo experiências foram tentadas e quase todas foram malsucedidas.


São inúmeros os casos de cancelamentos de contratos e reestatização de serviços. Os serviços de saneamento, em sua imensa maioria, continuam operados por órgãos públicos locais.


E a razão é muito simples. Tratar como mercadoria um serviço essencial com características de monopólio natural é como transformar água em ouro e excluir do acesso aos serviços a população de Xique-Xique. 


Pela lógica do mercado e do monopólio, as tarifas sobem, a qualidade cai, os lucros das companhias aumentam e a insatisfação popular aumenta ou explode.

 

Pior para os mais pobres, excluídos dos projetos rentáveis e condenados a conviver com a falta d’água e com o esgoto a céu aberto como acontece nos bairros periféricos do município onde concentra o maior número de pessoas desassistidas pelo poder público municipal. É a mesma velha história, tantas vezes vista, que agora se apresenta como modernização.


Mas os modelos licitatórios apresentados ou em estudo não levam em conta essa lógica. E, assim, a experiência privatista, que comprovadamente fracassou em tantos outros lugares, acaba por assumir, em Xique-Xique, requintes de crueldade. Companhias são fatiadas, agrupando-se os superavitários e, portanto, lucrativos, que são licitados em lotes específicos, separados dos mais pobres. 


Óbvio que se trata de um grande negócio. É transformar saneamento em ouro. O problema é o que vai acontecer com os mais pobres, quando os recursos que seriam usados para operar e ampliar os seus sistemas forem parar nos cofres das grandes corporações que atuam no setor.


Mas, o rei Mitológico, Reinaldo Braga Filho, parece não entender que o povo sofre com o péssimo serviço de água oferecido na sua gestão. 


A penalização do povo de Xique-Xique se tornou hábito desta gestão que insiste em perseguir e maltratar o povo dessa terra. 


RAWAN MACHADO

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