Engana que eu gosto

Como sabermos quem são as pessoas de boa moral?

Porque continuamos votando em pessoas que mentem e não procuramos redirecionar nosso voto para pessoas de boa moral? Esta é uma questão que devemos nos fazer todos os dias, pois como esta tecla já foi batida “n” vezes e o assunto já se encontra verdadeiramente saturado, o que devemos, na realidade, em vez de nos questionarmos, é mais do que nunca agirmos e buscarmos realizar uma mudança em nos mesmos em relação a esta questão que muito influi em nossas vidas.

Mas o que dizer de um povo sem muita consciência, subsidiados por uma educação debilitada e sucateada, e ainda calejados politicamente por este sistema de apresamento moral, onde o povo é mais considerado como gado, atrelado a determinados currais que os fazem presos eleitoralmente. Além disto os corruptos sempre têm uma desculpa na manga e uma mentira a ser inventada e propagada, pois a pouca consciência da maioria da população, ainda infundada neste sistema promessa-voto-eleição-mentira, está tão enraizada que levaria eras para se ter uma nova conscientização pública de que pessoas de moral na política existem só que como, principalmente, aqui no município, a política ainda está afundada nesta hipócrita realidade o povo ainda não tem a liberdade de escolha e fica a critério de suas consciências-fracas quitar seus débitos políticos com seus padrinhos, senhores, amigos e etc. Difícil condição.

O maquiavelismo ainda impera e o que os poderosos querem é estarem e ficarem mais poderosos ainda, subindo num compasso marcado pelo interesse próprio indo de cargo a cargo político e tendo como escada o lombo moral de cada eleitor que estes subornam e tiram o pouco que lhes restam - a consciência limpa de um dia sentirem-se orgulhosos de fazerem parte da evolução que seu meio (comunidade) pode ter e de terem votado em cidadãos de boa moral.

Mas como saber se estes cidadãos que se dizem bons são na realidade bons mesmos se todos se dizem bons? Como votar com a mente aberta se há a probabilidade de estes bons cidadãos cometerem um erro na sua administração e passarem a serem vistos como maus cidadãos? Ou ainda, serem frutos do academicismo administrativo político que cria dia a dia políticos profissionais que têm o intuito de surrupiarem com profissionalismo de diploma mais votos de um povo na maioria analfabeto? Será que adianta arriscar a pele e a consciência nesses cidadãos? Não seria cometer o mesmo erro, votando nestes do que votando nos velhos “bons homens?”

Cabe a nós analisarmos todas estas questões e situações, e prover do bom senso de que temos as condições de sabermos em quem estamos votando, ainda mais em se tratando de uma comunidade com projeções pequenas onde todos se conhecem e há a possibilidade de se saber quem são os bons e os maus. Basta a analise e a vontade de querer o bem. Porém o pior é que o povo ainda não despertou para esta profunda realidade e ainda vivem submergidos no dilema do engana que eu gosto.