Cinco deputados federais e sete estaduais assinam manifesto de criação do novo partido

Como era esperado, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, fez uma boa colheita na Bahia. Sob as bênçãos do vicegovernador Otto Alencar – e do governador Jaques Wagner, ausente, mas citado por todos os oradores –, nada menos que cinco deputados federais baianos assinaram o manifesto de criação do Partido Social Democrático (PSD), durante festiva reunião no salão de convenções o Hotel Fiesta, na manhã deste domingo (20), em Salvador. Para se ter uma idéia, em São Paulo, base política de Kassab, o novo partido contará com apenas seis deputados federais, além do vice-governador paulista, Guilherme Afif Domingos.

Além deles, também assinaram o manifesto sete deputados estaduais, suplentes e grande parte dos mais de 50 prefeitos que estiveram presentes na festa, vindos das diversas regiões da Bahia. O auditório, com capacidade para 500 pessoas, ficou totalmente lotado. Além dos prefeitos, havia também vice-prefeitos, vereadores e outras lideranças políticas da capital e do interior.

Não assinaram o documento, mas foram prestigiar o evento vários políticos ligados ao governador Jaques Wagner, a maioria filiados ao PT, a exemplo do senador Walter Pinheiro (PT); presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, Jonas Paulo; presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) e prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT); deputado Nélson Pelegrino (PT) e a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, além da senadora Lídice da Mata (PSB).

O vice-governador Otto Alencar, que mostrou força política com mobilização de tantas lideranças para a festa do PSD, explicou que a adesão ao novo partido foi o caminho natural para muitos políticos que apoiaram a candidatura de Jaques Wagner nas eleições do ano passado a despeito das orientações de suas próprias legendas e que agora estariam sendo perseguidos e ameaçados de ter a legenda negada para a disputa das eleições municipais.

“Não se pode colocar na política a lei do porrete”, disse Otto, acrescentando que conversara anteriormente com Kassab e ambos haviam concordado que o estatuto do novo partido terá um artigo assegurando a cada filiado o direito de abandonar a agremiação partidária quando assim o quiser, sem que se estabeleçam impedimentos.

Gilberto Kassab assegurou a todos que a criação do novo partido está sendo feito com um rigoroso acompanhamento jurídico, sobretudo no que diz respeito aos prazos legais. Garantiu que todos os que estão deixando outras legendas para ingressar no PSD podem ficar tranqüilos: “Temos tempo de sobra, posso afirmar a todo que estaremos em condições de disputar as eleições municipais de 2012 com candidatos a prefeito e vereador, seja com candidaturas próprias, seja coligados com outros partidos”, disse.

Ele explicou que o novo partido nasce com o compromisso de lutar pelo desenvolvimento da democracia e do país, tanto que traz em sua própria sigla, PSD, “uma homenagem a um político desenvolvimentista, que foi Juscelino Kubitschek”. Desde o primeiro momento, a agremiação foi pensada como “um partido democrático, moderno e arrojado”.

Manifesto – Assinaram o manifesto os deputados federais José Carlos Araújo (PDT), Paulo Magalhães (DEM), Fernando Torres (DEM), Jânio Natal (PRB) e Edson Pimenta (PCdoB), além do suplente Gérson Gabrielli (DEM).

Também os estaduais Gildásio Penedo (DEM), Ângelo Coronel (PP), Maira Luiza Laudano (PTdoB), Adolfo Menezes (PRP), Ivana Bastos (PMDB), Temóteo Brito (PMDB) e Alan Sanches (PMDB), mais os suplentes Jurandy Oliveira (PRP), Clóvis Ferraz (DEM) e Pedro Alcântara (PR).

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