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Kassab atrai carlistas desamparados na BA

3/21/2011

Lúcio Távora/Ag. A Tarde/FolhapressKassab e Otto Alencar, vice-governador da Bahia: novos aliados são velhos conhecidos da campanha de Afif à Presidência da República em 1989O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), o considera o "melhor dos carlistas". Ortopedista, aliado histórico do governador Antonio Carlos Magalhães, morto em 2007, o vice-governador da Bahia, Otto Alencar, ficou longe da política eleitoral após ser indicado para o Tribunal de Contas dos Municípios. Com muita influência no interior, foi convidado por Wagner para compor sua chapa à reeleição como vice, pelo PP. Velho conhecido de Gilberto Kassab, com quem compartilhou a campanha presidencial de Guilherme Afif, pelo PL, em 1989, Alencar emergiu neste fim de semana como o grande aliado do prefeito de São Paulo na montagem do PSD.

Para isso, contam, na Bahia, com a possibilidade de atraírem os ex-carlistas que foram cooptados pelo ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, e que agora estão sem um guarda-chuva no poder. É o caso do deputado estadual Alan Sanches e dos colegas Ivana Bastos e Temóteo Brito, todos do PMDB.

No Twitter, o ex-ministro da Integração Nacional externou ontem sua insatisfação com o lançamento do PSD, ao afirmar que Wagner teria ajudado a montar a sigla, para que esta lhe sirva de "legenda auxiliar".

Sem mandato e politicamente enfraquecido, Geddel tende a perder a influência sobre os carlistas que, como ele próprio, desejam ser aliados do governo federal sem serem do PT. "Esse novo partido tem grande capacidade de atrair essas lideranças", explicou Joviniano de Carvalho Neto, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Segundo o professor, Alencar poderá, como presidente estadual, exercer maior liderança sobre esta legenda do que sobre o PP do ministro das Cidades, Mário Negromonte, também da Bahia. "A legenda foi praticamente emprestada a ele. Ele é um hóspede no partido", disse.

Segundo Alencar, a mudança de sigla vem também da necessidade de acompanhar prefeitos de partidos como DEM, PMDB e PR, que apoiaram Wagner no ano passado e que agora estão sendo ameaçados de perder a legenda para 2012.

A meta de Otto Alencar é fazer da Bahia o segundo maior reduto do PSD, atrás apenas de São Paulo. Durante o lançamento do partido, o vice-governador foi homenageado por muitas lideranças presentes, a maioria prefeitos e vereadores de cidades do interior. "Aqui o Kassab vai ter um vice-governador e a oportunidade de apoiar o governador e a presidente da República", afirmou o professor, ao tentar explicar a opção do prefeito paulistano pelo lançamento do partido em Salvador.

Alencar diz que a nova legenda será a solução para centenas de políticos que pretendem se candidatar em 2012, mas que não encontravam espaço em suas legendas nem apoio político para disputar as próximas eleições. No Estado, Alencar afirma ter atraído uma legião de políticos do DEM, PSDB, PR, PMDB e PCdoB.

Em 2010, prefeitos, deputados e vereadores do DEM e PSDB, apoiaram a reeleição de Wagner no Estado e a eleição de Dilma Rousseff à Presidência. Em represália, a cúpula de seus partidos tenta impedir que se candidatem em 2012.

O vice-governador cita o exemplo de seu irmão, Eduardo Alencar (PSDB), prefeito de Simões Filho. Ele teria sido perseguido dentro do PSDB por ter apoiado Wagner e Dilma e não tinha apoio entre os tucanos para disputar em 2012. "A lei eleitoral deu aos presidentes dos diretórios dos partidos mais poderes do que os generais tiveram na ditadura militar", reclama. "Como conviver com um presidente que não quer que você dispute a reeleição? Só tem uma saída: criar um novo partido e abrir uma porta para quem não tem espaço em suas legendas", diz o vice. Segundo Alencar, qualquer filiado ao novo partido poderá sair "no momento que desejar".

A negociação de Alencar com Kassab para fundar o novo partido começou há cinco semanas. Pouco antes da solenidade, Kassab tentou emplacar a tese de que o PSD nascerá independente, porém por Alencar afirmou que a sigla deverá mesmo fortalecer a base de apoio do governo na Câmara.

Em uma crítica velada ao DEM, o prefeito de São Paulo revelou que o estatuto do PSD não prevê punições para os membros que manifestarem interesse em deixar a legenda.

Kassab também falou sobre a possível fusão entre a nova sigla e o PSB. Apesar de negar qualquer manobra imediata, ele não descartou a hipótese de uma união após as eleições municipais do ano que vem. "Em 2012 qualquer partido pode fazer fusão com qualquer partido. A lei prevê", despistou o prefeito paulistano.

De acordo com ele, das negociações com governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, saiu uma definição de que após o próximo pleito municipal seria discutida a fusão entre as duas siglas. Até lá, Kassab quer dar musculatura ao PSD e preparar sua sucessão na capital paulista. "Evidentemente que vamos fazer alianças e o PSB será nosso aliado no Brasil inteiro", garantiu.

Nas próximas três semanas serão realizadas reuniões políticas em mais nove Estados, com o intuito de aglutinar lideranças. Hoje o PSD será lançado em São Paulo. Estão previstos ainda lançamentos em Alagoas, Amazonas, Acre, Goiás, Tocantins, Roraima, Rio e Minas. Somente após esses eventos é que será feita a coleta das 500 mil assinaturas necessárias e o pedido formal de fundação ao Tribunal Superior Eleitoral. Segundo Kassab, ainda não foi escolhido um número para a legenda.

Valor Econômico

4 comentários:

Robson vieira disse...

Professor Carlos Santos, parecem que algumas pessoas não gostaram de seus momentários sobre o sr. Jacó.

Inclusive Jacó hj participou do programa falando da reprecução,(negativa) mas com outras maneiras.

Jacó já que vc está se achando tão importante em Irece, vc deveria era se candidatar a prefeito deste município.

21/3/11 17:19
Anônimo disse...

Entre o sr. Jacó e o oposicionista de araque Carlito,
eu fico com o sr. jacó.

21/3/11 21:21
Chega de baixaria disse...

Pessoas como esse anonimo ai acima nunca devem ter vez no mundo

22/3/11 20:24
Antony disse...

Essse é o PT dos novos tempos. FElizmente, para o PT, o povão sem educaçao ou noção de cidadania nem se lembra mais dos discursos inflamados do sr. Wagner, Lula, Lidice, Pinheiro, Pelegrino, e cia dita esquerdista

Em tempo, com essas alianças "éticas e republicanas", o chefe do executivo baiano demonstra que, por mais surpreedente que possa parecer, aprendeu bem a se perpetuar no poder, ainda que as custas de seu passado, de sua história como sindicalista e da sua retórica quando era oposiçao.

A mediocridade na politica baiana parece nao ter se detido com o fim do chamado carlismo. Destarte, cada povo tem o governo que melhor lhe espelha.

23/3/11 15:13

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