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A crise da Justiça

12/31/2011

Em sua primeira entrevista como presidente eleito do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), o desembargador Ivo Sartori mostrou por que a Corte é considerada a mais refratária a qualquer tipo de fiscalização, por parte da Corregedoria Nacional de Justiça.
Além de acusar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de desrespeitar as garantias de magistrados, em suas inspeções e sindicâncias, ele acusou o órgão responsável pelo controle externo do Judiciário de agir como no tempo da ditadura.”Se existe uma Constituição, vamos respeitá-la. Sem isso, vai se voltar aos tempos da ditadura”, disse Sartori.
Defensores do CNJ responderam lembrando que o órgão foi criado por uma Emenda Constitucional aprovada pelo Congresso, e acrescentando que as investigações realizadas pelo CNJ nas Justiças estaduais são transparentes, que os juízes acusados de irregularidades e desvios éticos têm tido direito de defesa e que quem não está cumprindo a Constituição, no âmbito da magistratura, são os dirigentes dos Tribunais de Justiça, como mostra o fato de, apesar das normas baixadas pelo CNJ, eles terem continuado a contratar parentes para cargos de confiança e a indicar filhos, compadres e colegas aposentados para dirigir rentáveis cartórios extrajudiciais.
Na réplica às declarações do presidente do TJSP, destacou-se o ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça e um dos responsáveis pela reforma da legislação processual civil.
Dipp chefiou a Corregedoria Nacional de Justiça, entre 2008 e 2010, e foi quem autorizou a abertura de investigações na Justiça paulista, quando surgiram denúncias de irregularidades na folha de pagamento da Corte.
No domingo, o ex-presidente do CNJ ministro Gilmar Mendes já havia dito que eram “heterodoxas e atípicas” as liminares concedidas pelos ministros Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski no último dia de trabalho antes do recesso do Judiciário, determinando a suspensão do poder do CNJ de investigar juízes e de quebrar seus sigilos bancário e fiscal – o que a corregedora Eliana Calmon nega que tenha feito.
As críticas de Dipp a Sartori foram no mesmo tom. Para o ex-corregedor nacional de Justiça, ao comparar o CNJ a uma ditadura, o presidente do TJSP mostrou que não dispõe de argumentos sólidos para criticar o controle externo da magistratura.

Leia a íntegra em A crise da Justiça

1 comentários:

Anônimo disse...

Certa vez escutei de um Juiz Federal do Trabalho, recém empossado que trabalhou no TST antes de assumir a toga, que ganhava mais no tribunal como Analista do que como Juiz Substituto, fique indignado com tal comentário, pois um juiz federal ganha em torno de R$ 19.200,00, mias ajuda de custo com moradia, que giram em torno de 3 á 4.000.00 mil reais. Mensais, sendo que os rendimentos deste já chegariam á R$ 23,200,00. Fique imaginando! quanto seria então o salário de uma analista do TST ? com cargo comissionado e horas extras que não podemos mensurar trabalhando somente 6 horas diárias.

Agora quanto ao embate em questão, estamos diante de uma categoria que não tinha quem investigassem e com coragem para peitar até ministros da Suprema Corte, "os Poderosos". Juiz julgado seus pares,mas infelizmente isso vai acabar em pizza, não vai acontecer nada, ou no Maximo alguns destes investigados podem conseguir aposentadoria compulsória, com seus rendimentos intactos, e se chegarem a morrem deixaram uma pensão para as filhas que nunca se casaria em virtude de perder tal regalia.

4/1/12 15:32

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