Oxente! Lampião foi um macho Gay?

O escritor sergipano Pedro de Moraes,  escreveu um livro - que lí antes da sua proibição por força de decisão judicial - intitulado "Lampião, o Mata Sete". Entre outras coisas, defende ser o Rei do Cangaço um homossexual daqueles de jogar confetes e de  fritar bolinhos. 

Moraes ainda escreveu que Maria Bonita nunca foi lá essa beldade toda e que ela fazia triângulo amoroso com Virgulino Lampião somado ao cangaceiro Luis Pedro. 

Interpretei não haver uma pesquisa séria, laborada pelo escritor sergipano. Ele próprio não cita nenhuma fonte confiável para o desabrochar da sua fragílima tese.

Embora não tenho interesse de saber se fulano, beltrano ou sicrano militam no partido cor de rosa, tambem nada tenho contra Lampião ter sido gay ou não. Se o livro abordasse um estudo de cunho psicanalítico sério,  dentro de um plano holístico que mostrasse as contradições do ser humano no viés da sexualidade, aí seriam outros quinhentos.

Mas, no caso específico, parece-me  que há certa conotação humorística do escritor ao fundamentar, sem procedência de fonte, que Lampião seria gay, antes mesmo de alguém aqui, circunstancialmente, queira  parabenizá-lo pela revelação..   

Já se falou de tudo sobre Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, morto em 28 de julho em 1938, cuja estátua se ergue em praça pública na próspera cidade de Serra Talhada, no sertão de Pernambuco , a 350 quilômetros de Juazeiro da Bahia.

Mas, de qualquer sorte, era só o que faltava Lampião ter optado pelo "terceiro time". Pelo visto, resta agora lançarem um livro identificando algum outro cangaceiro,  um cabra da gôta serena, a quem se lhe possa atribuir "amigamento" com outro macho, também cabra da peste. Seria a implosão apocalíptica daqui da caatinga nordestina, corforme já dissera, em discurso, um erudito, meu conterrâneo.

Para encurtar essa conversa, permitam-me dizer  sem exitar:  Se Lampião deu, deu o que era dele e se alguém  comeu, comeu porque ele deu também o que era dele. Ora, se ele comeu seus capangas, comeu com o que era dele, logo, ninguém tem nada a ver com isso, para fechar o silogismo fescenino.