As galochas dos chatos não são os revestimentos de borracha usados antigamente nos dias de chuva, para proteger os sapatos da água e do barro.
O tal chato de galochas era o que entrava nas casas sem tirar as galochas, sujando tudo.
Já o chato político calça num pé a galocha do fisiologismo e, no outro, a galocha do maniqueísmo. Depois, sai pela cidade sujando sem dó e sem piedade.
Nesta mesma chatice se você duvida da capacidade de determinados políticos nativos de falar muito sem dizer nada, observe o que alguns deles, heróis macunaímicos majoritários na Câmara, falam nas rádios. Vai perceber que um microfone, quando espetado diante do nariz do político blablablá, é um maravilhoso instrumento capaz de esvaziar até mesmo cérebros vazios. Calar-se, então, seria uma derrota.
O importante é produzir palavras. É satisfazer o apetite das faixas ou frequências moduladas captadas pelo aparelho receptor radiofônico a encher o tempo e o espaço com promessas e lugares comuns antes que outro aventureiro o faça. Políticos, especialmente candidatos, falam, tagarelam, tomando o tempo daqueles que deveriam ter mais vez e voz nas ondas comunitárias da paz.
É óbvio que a censura não seria a melhor solução para essa espécie de sangria de palavreado desatado. Mas, quem sabe, o racionamento?
Fonte: Rádios Comunitárias
Jornal NotiSul de Tubarão-SC in Frbento
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