O Tribunal de Justiça da Bahia
(TJ-BA) aplicou a pena de censura ao juiz Rogério Barbosa de Sousa e Silva após
o magistrado chamar o Tribunal de “desidioso”. A decisão foi tomada durante
sessão do Tribunal Pleno nessa quarta-feira (15).
De acordo com a relatora do processo,
desembargadora Silvia Zarif, durante uma
sindicância para apurar negligência do Dr. Rogèrio em uma ação de alimentos na
comarca de Prado, o bacharel teria alegado inocência e afirmado que estava
sobrecarregado por causa de uma atitude desidiosa – sinônimo pomposo para
“negligente” – do TJ-BA, que não proveu varas que estavam vagas na comarca.
Segundo o advogado de defesa, Dr. João Daniel
Jacobina, o Juiz Rogério
teria exercido sua liberdade de expressão ao fazer o comentário, apesar do caso
ser tratado “como se o magistrado fosse um rebelde, e que ofendesse os
superiores”.
De acordo com Jacobina, o juiz
não pretendia ofender ninguém e não personificou a crítica. O advogado afirmou,
ainda, que apesar de terem sido definidas uma vara criminal e outra cível no
município, não foi designado um juiz para assumir uma delas. Assim, Dr. Rogério
teria acumulado sua atuação nas duas varas, além da zona eleitoral da comarca de Alcobaça, como juiz substituto.
Durante o julgamento, a relatora
do caso defendeu que não havia provas de falta grave no exercício do
magistrado, mas que houve “conduta desrespeitosa ao tecer críticas
desabonadoras ao Tribunal de Justiça”.
Por isso, em seu voto, Zarif
julgou improcedente a morosidade na ação de alimentos, mas procedente o
processo administrativo disciplinar. Para ela, “o juiz exerce cargo público,
cuja natureza funcional abrange uma serie de atribuições e deveres, dele se
exigindo uma ética e uma regularidade de conduta superior ou mais rigorosa que
ao particular ou ao servidor público em geral”.
Durante o colhimento dos votos,
os desembargadores julgaram parcialmente procedentes as acusações e, por
maioria, definiram a aplicação de pena disciplinar de censura contra o
magistrado. Não há informações de que o apenado vá recorrer da decisão perante o Conselho Nacional de Justiça-CNJ.
1 comentários:
cabeça de juiz é como bunda de criança, nunca se sabe o que vai sair..
21/1/14 23:49Postar um comentário
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