O deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) renunciou ao mandato no início da tarde desta quarta-feira (19). A carta de renúncia foi lida pelo deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) que presidida a sessão plenária na ocasião.
Eduardo Azeredo é réu na Ação Penal 536, conhecido como mensalão tucano, do Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga o desvio de recursos públicos que teriam sido utilizados durante a sua campanha à reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o desvio alcançaria, em valores atuais, R$9,3 milhões. Os recursos viriam de duas estatais e de um banco, todos administrados pelo governo mineiro. O procurador-geral, Rodrigo Janot, pediu a condenação de Eduardo Azeredo pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, com pena de 22 anos de reclusão e multa.
O filho do deputado, Renato Azeredo, veio a Brasília entregar a carta de renúncia ao mandato do pai. Na carta, o deputado alega inocência e se diz doente e cansado para o trabalho, afirmando que deixa o Parlamento “para me dedicar a defesa da minha honra e minha liberdade”.
Com a renúncia de Azeredo, assume o deputado João Bittar (DEM-MG). Hoje, Bittar é suplente. Ele ocupa a vaga deixada por Carlos Melles, que atualmente é Secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais. No lugar de João Bittar deve assumir Edmar Moreira, do PR.
Edmar Moreira ficou conhecido como o "deputado do castelo", por ter sido acusado de não ter declarado o imóvel, com 36 suítes, revestido de mármore até nos banheiros, castelo – na época avaliado em mais de R$ 20 milhões – em sua prestação de contas na campanha de 2006. Em sua declaração à Justiça Eleitoral em 2006, no entanto, o deputado disse ter apenas um terreno de R$ 17,5 mil em São João Nepomuceno.
O caso rendeu o desligamento do então deputado federal Edmar Moreira, em 2009, da corregedoria da Câmara dos Deputados e do DEM.
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