Todas as regiões do Brasil ajudaram na expansão da classe média no país, mas nenhuma contribuiu mais do que o Nordeste, que apresentou um avanço de 20 pontos percentuais no período.
Os dados são do Instituto Data Popular, que decidiu verificar esse processo e acabou chegando à constatação de que mais da metade dos brasileiros já está inserida nessa categoria. Isso porque, na última década, a classe média aumentou sua participação na sociedade brasileira em 14%, atingindo o patamar de 52% no ano passado.
Para se ter uma ideia do impacto que o Nordeste teve na ascensão da classe média, o avanço da Região nos últimos 10 anos foi praticamente o dobro do registrado no Sudeste. Na opinião do professor da Universidade Potiguar (UNP), e economista Raimundo Fernandes, essa mudança vem acontecendo porque o Nordeste e o Norte ainda são os locais com maior concentração das classes D e E.
“É um movimento que vem acontecendo no Brasil inteiro, mas que é mais impactante entre os nordestinos, que vêm melhorando seu poder aquisitivo e adquirindo novos hábitos de consumo”, destaca.
Ele acrescenta ainda que a elevação da classe média tem promovido efeitos na economia nordestina, que são o aumento no volume de consumo e sofisticação da cesta consumida. “Se você pegar, por exemplo, uma pessoa que tem uma baixa taxa de renda, ela praticamente só vai gastar com setores de extrema necessidade, como alimentação, moradia e saúde. A partir do momento em que há uma ascensão do poder aquisitivo, cria-se a oportunidade de adquirir bens e serviços que antes estavam fora da realidade dessa família”, esclarece.
Segundo pesquisa divulgada nessa terça-feira (18) pela Serasa Experian e pelo mesmo Instituto Data Popular, se a classe média brasileira formasse um país, seria o 12º do mundo em população e a 18ª nação do mundo em consumo, podendo pertencer ao G20.
Fonte: Economia
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