O período conhecido como Ditadura Militar durou de 1964 a 1985. Neste intervalo, vários inquéritos e depoimentos apontaram a tortura física e psicológica como expediente utilizado por membros do governo e grupos militares com o objetivo de controlar a população. Assim, vamos apresentar, nesta lista, alguns dos tipos mais conhecidos de tortura utilizados durante o Regime Militar.
O Pau-de-Arara consistia
numa barra de ferro que era atravessada entre os punhos amarrados e a dobra do
joelho, sendo o conjunto colocado entre duas mesas, ficando o corpo do
torturado pendurado a cerca de 20 ou 30 centímetros do solo. Este método quase
nunca era utilizado isoladamente, seus complementos normais eram eletrochoques,
a palmatória e o afogamento.
O Choque Elétrico foi
um dos métodos de tortura mais cruéis e largamente utilizados durante o regime
militar. Geralmente, o choque dado através telefone de campanha do exército que
possuía dois fios longos que eram ligados ao corpo nu, normalmente nas partes
sexuais, além dos ouvidos, dentes, língua e dedos. O acusado recebia descargas
sucessivas, a ponto de cair no chão.
No Afogamento,
os torturadores fechavam as narinas do preso e colocavam uma mangueira, toalha
molhada ou tubo de borracha dentro da boca do acusado para obrigá-lo a engolir
água. Outro método era mergulhar a cabeça do torturado num balde, tanque ou
tambor cheio de água (ou até fezes), forçando sua nuca para baixo até o limite
do afogamento.
A Cadeira do Dragão era
uma espécie de cadeira elétrica, onde os presos sentavam pelados numa cadeira
revestida de zinco ligada a terminais elétricos. Quando o aparelho era ligado
na eletricidade, o zinco transmitia choques a todo o corpo. Muitas vezes, os
torturadores enfiavam na cabeça da vítima um balde de metal, onde também eram
aplicados choques.
Na Geladeira, os
presos ficavam pelados numa cela baixa e pequena, que os impedia de ficar de
pé. Depois, os torturadores alternavam um sistema de refrigeração superfrio e
um sistema de aquecimento que produzia calor insuportável, enquanto
alto-falantes emitiam sons irritantes. Os presos ficavam na “geladeira” por
vários dias, sem água ou comida.
A Palmatória era
como uma raquete de madeira, bem pesada. Geralmente, esta instrumento era
utilizado em conjunto com outras formas de tortura, com o objetivo de aumentar
o sofrimento do acusado. Com a palmatória, as vítimas eram agredidas em várias
partes do corpo, principalmente em seus órgãos genitais.
Haviam vários Produtos Químicos que
eram comprovadamente utilizados como método de tortura. Para fazer o acusado
confessar, era aplicado soro de pentatotal, substância que fazia a pessoa
falar, em estado de sonolência. Em alguns casos, ácido era jogado no rosto da
vítima, o que podia causar inchaço ou mesmo
Vários tipos de Agressões Físicas eram
combinados às outras formas de tortura. Um dos mais cruéis era o popular
“telefone”. Com as duas mãos em forma de concha, o torturador dava tapas ao
mesmo tempo contra os dois ouvidos do preso. A técnica era tão brutal que podia
romper os tímpanos do acusado e provocar surdez permanente.
De certa forma, falar de Tortura Psicológica é
redundância, considerando que toda o tipo de tortura deixa marcas emocionais
que podem durar a vida inteira. Porém, haviam formas de tortura que tinha o
objetivo específico de provocar o medo, como ameaças e perseguições que geravam
duplo efeito: fazer a vítima calar ou delatar conhecidos.
A Pimentinha era uma máquina que era constituída de uma caixa de
madeira que, no seu interior, tinha um ímã permanente, no campo do qual girava
um rotor combinado,
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