Presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, acusou o jornalista Ricardo
Noblat (foto) por crimes de injúria, difamação e preconceito racial, em representação
enviada ao Ministério Público Federal (MPF). Segundo o ministro, Noblat atacou sua honra e praticou o crime
de racismo num texto publicado em seu blog e no jornal "O Globo" em
agosto do ano passado; o MPF concordou com Barbosa e enviou à Justiça Federal
do Rio de Janeiro, na quarta-feira (19), uma denúncia criminal contra o
jornalista
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa (foto), acusou
o jornalista Ricardo Noblat (foto) por crimes de injúria, difamação e preconceito
racial, em representação enviada ao Ministério Público Federal. Segundo o
ministro, Noblat atacou sua honra e praticou o crime de racismo num texto
publicado em seu blog e no jornal "O Globo" em agosto do ano passado.
O MPF concordou com Barbosa e enviou à Justiça Federal do Rio de Janeiro, na
quarta-feira (19), uma denúncia criminal contra o jornalista. No processo, o
MPF pede que Noblat seja condenado por crimes contra a honra do ministro e pelo
delito racial. Somadas, as penas podem chegar a 10 anos e 4 meses de prisão.
O texto de Noblat foi publicado em 19 de agosto, quatro dias depois de
Barbosa protagonizar um bate-boca com o ministro Ricardo Lewandowski, durante o
julgamento de recursos do processo do mensalão. Na ocasião, Barbosa acusou
Lewandowski de estar fazendo chicanas no mensalão –o que, no jargão jurídico,
significa uma manobra para atrapalhar o andamento de processos.
Em seu texto, intitulado "Quem o ministro Joaquim Barbosa pensa que
é?", Noblat diz que o presidente do STF, devido a seu cargo e às suas
decisões no processo do "mensalão", não tem o direito "tratar mal seus
semelhantes, a debochar deles" e a "humilhá-los". Além disso,
cita que "para entender melhor Joaquim" é preciso acrescentar "a
sua cor". "Há negros que padecem do complexo de inferioridade. Outros
assumem uma postura radicalmente oposta para enfrentar a discriminação",
diz trecho do texto.
Noblat também destacou que Barbosa não teria sido escolhido ministro do
STF pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apenas por seus conhecimentos
jurídicos, mas por sua "cor". "Joaquim foi descoberto por um
caça-talentos de Lula, incumbido de caçar um jurista talentoso e...
negro", escreveu o jornalista. Devido a isso, o MPF entendeu que, além de
difamar e injuriar especificamente Barbosa, Noblat praticou um crime contra
toda a raça negra.
Fonte: Brasil 247