Panfletos distribuídos em grandes cidades e eventos organizados via redes sociais fazem convocatória para manifestações no próximo dia 22, em pelo menos 23 estados.
Às vésperas dos 50 anos do golpe civil-militar, saudosistas do regime que matou, torturou e desapareceu com milhares de brasileiros articulam uma nova versão da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, a mobilização de extrema-direita que, em 1964, deu a justificativa que faltava para que os militares tomassem o poder e mergulhassem o país em uma ditadura que durou 21 anos.
Há eventos marcados para o próximo dia 22 em municípios de pelo menos 23 unidades da federação. A propaganda e busca por adesão é feita por meio da distribuição de panfletos e divulgação via redes sociais, mas a adesão, até o momento, é baixa. No maior dos eventos, o de São Paulo, apenas 862 pessoas confirmaram participação, via Facebook, até a tarde desta terça (11).
Na convocatória, os organizadores conclamam a população a “comemorar” a primeira edição da Marcha da Família, realizada em 16 de março de 1964, como reação ao discurso do então presidente João Goulart, de 13 de março, que admitia as reformas de base reivindicadas pelos movimentos sociais populares, poucos dias antes dos militares tomarem o poder.
“Amigos patriotas, vamos todos juntos comemorar esta data tão importante para o nosso país! 50 anos que o povo saiu às ruas pedindo democracia, justiça, liberdade e acima de tudo dizendo ‘não ao comunismo’”, diz o texto publicado n rede social.
Nos posts, os organizadores pregam a “intervenção militar” como a “única forma de preservar a democracia e defender os brasileiros do comunismo”, como afirma Bruno Toscano Franco, que estudou Aviação Civil na Universidade Morunbi e se define como fotógrafo autônomo.
Carta Maior

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