A presidente Dilma Rousseff defendeu ontem, (14), a Petrobras e disse que as denúncias de irregularidades na empresa serão
investigadas e que eventuais ilícitos e casos de corrupção serão punidos com
rigor. Dilma destacou que está empenhada em investigar as denúncias e que não
vai admitir o uso político-eleitoral de problemas da empresa.
"Como presidente, mas sobretudo como
brasileira, defenderei, em quaisquer circunstâncias e com todas as minhas
forças, a Petrobras. Não transigirei em combater todo tipo de malfeito, ação
criminosa, tráfico de influência, corrupção ou ilícito de qualquer espécie,
seja ele cometido por quem quer que seja, mas igualmente não ouvirei calada a
campanha negativa dos que, com proveito político, não hesitam em ferir a imagem
dessa empresa que nosso povo construiu com tanto suor e lágrimas, com as mãos
encharcadinhas de óleo, mas também de muita esperança", afirmou.
Dilma saiu em defesa da Petrobras durante cerimônia que marcou a viagem inaugural do navio petroleiro Dragão do Mar, construído no Estaleiro Atlântico Sul, no Porto de Suape, em Pernambuco. A presidenta garantiu que haverá apuração e punição, "com máximo de rigor", das denúncias envolvendo a Petrobras.
A estatal é alvo de investigação da Polícia
Federal, do Tribunal de Contas, da Controladoria-Geral da União e do Ministério
Público, por supostas irregularidades e superfaturamento na compra de uma
refinaria em Pasadena, no estado norte-americano do Texas. A denúncia também
deu origem ao pedido de instalação de comissão parlamentar de inquérito (CPI)
para investigar a empresa pública.
"Mais que uma empresa, a Petrobras é um
símbolo da luta do nosso povo, da afirmação do nosso país e um dos maiores
patrimônios de cada um dos 200 milhões de brasileiros, por isso jamais vai se
confundir com qualquer malfeito, com qualquer corrupção ou qualquer ação
indevida de quaisquer pessoa, das mais graduadas às menos graduadas.O que tiver
de ser apurado vai ser apurado com o máximo de rigor e o que tiver que ser
punido também vai ser punido com o máximo de rigor", afirmou.
Dilma criticou o que chamou de
"manipulação de dados" que apontam a desvalorização da Petrobras nos
últimos anos e comparou os números da estatal antes do primeiro governo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e atualmente.
"Manipulam dados, distorcem análises,
desconhecem deliberadamente a realidade do mercado mundial de petróleo para
transformar eventuais problemas em supostos fatos irreversíveis e definitivos.
Escondem que, em 2003, a Petrobras valia apenas US$ 15,5 bilhões e hoje, mesmo
com toda a crise internacional, com problemas a ela ligados e a questões
relativas e conjunturais da bolsa, o valor de mercado chega a US$ 98
bilhões", comparou.
Dilma ainda citou o volume de reservas e de
investimentos que a empresa tinha antes de 2003 e tem agora, o lucro líquido da
estatal e as novas perspectivas de produção após a exploração do pré-sal.
"Não podemos permitir, como brasileiros que amam e defendem este país, que
se utilizem de ações individuais e pontuais, mesmo que graves, para tentar
destruir a imagem da nossa maior empresa, nossa empresa mãe."
Agência Brasil. (ANSA)
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