Por que o Bolsa Família desperta tanto ódio de classe?

O pensamento conservador brasileiro – na política, na mídia, no meio acadêmico, na sociedade – tem horror ao Bolsa Família. É só colocar dois conservadores para conversar que, mais cedo ou mais tarde, acabam falando mal do programa.

Não é apenas no Brasil que conservadores abominam iniciativas desse tipo. Mesmo assim, no mundo inteiro, a expansão da cidadania social e a consolidação do chamado “Estado do Bem-Estar” aconteceu, apesar da reação deles.

Costumamos nos esquecer dos “sólidos argumentos” que se opunham contra políticas que hoje em dia são vistas como naturais e se tornaram rotina. Quem discutiria, atualmente, a necessidade da Previdência Social, da ação do Estado na saúde pública, na assistência médica e na educação continuada?

Eu não tinha a dimensão do ódio de classe contra o Bolsa Família. Supunha que era apenas uma birra de conservadores contra o PT e quem criticava o Bolsa Família o fazia por rancor de classe a Lula, ou algo do gênero, jamais por ser contra o pobre  e por  falta de aducação política.

Para a oposição – especialmente a menos informada –, o Bolsa Família é o grande culpado pela reeleição de Lula e a vitória de Dilma Rousseff. Não admira, portanto, que o deteste.

Além do programa Bolsa Família, indelével viés de inclusão social do governo Dilma, são por demais conhecidos: Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos, mais empregos, mais crédito, política de ação afirmativa etc.

Os leitores jovens e progressistas deste blog sabem que o ódio ao Bolsa Família é anacrônico, antigo e obscurantista.