Paulo Souto (DEM), líder das
pesquisas, e Rui Costa (PT), candidato do atual governador Jaques Wagner, foram
pressionados pela candidata do PSB, Lídice da Mata, Marcos Mendes (PSOL) e
Rogério da Luz (PRTB)
Os candidatos Paulo Souto (DEM), Rui Costa (PT) e L
O primeiro debate com candidatos ao governo da
Bahia, televisionado nesta quinta-feira 29 pela Rede Bandeirantes, terminou de
forma positiva, principalmente, para os nomes que estão com pouca ou nenhuma
intenção de voto no estado. Em boa parte do tempo, Paulo Souto (DEM), líder das
pesquisas, e Rui Costa (PT), candidato do atual governador Jaques Wagner, foram
pressionados pela candidata do PSB, Lídice da Mata, Marcos Mendes (PSOL) e
Rogério da Luz (PRTB).
O primeiro a ter que rebater as críticas dos
adversários de menor expressão foi Paulo Souto. Como ele já foi governador por
oito anos e tem 44% da preferência do eleitorado, Rogério da Luz questionou o
seu passado à frente do cargo. “O senhor consegue dormir com a consciência
tranquila?”, ironizou. A pergunta gerou a primeira discussão. “Não dei
autorização para o senhor falar em meu nome", respondeu antes de criticar
o adversário.
Mas o clima esquentou mesmo quando Marcos Mendes
citou o candidato do DEM em uma de suas respostas. Mendes disse que Souto mente
em sua propaganda eleitoral ao contar que construiu um hospital em Alagoinhas,
cidade localizada a 120 km de Salvador. A afirmação fez o candidato do DEM
pedir direito de resposta à direção da emissora, que concedeu. Souto criticou
Mendes por "quebrar o clima de cordialidade" e deu sua versão para o
caso. "Nós decidimos reconstruir completamente o hospital. Então não há
dúvida nenhuma de que podemos considerar um novo hospital", retrucou.
Rui Costa também teve de responder aos rivais
nas várias vezes em que foi relacionado à gestão de Jaques Wagner. Quando o
candidato do PT perguntou, por exemplo, quais eram as propostas de Lídice da
Mata para os problemas hídricos do estado, acabou ouvindo críticas. "Vossa
excelência não conseguiu fazer nem as barragens que foram prometidas no atual
governo, e ainda promete fazer o eixo sul da transposição do Rio São
Francisco?", questionou.
Em outra oportunidade, Rui Costa teve de ouvir
de Rogério da Luz que precisava se informar. Isso porque ele perguntou sobre
transporte público para o candidato do governo. Rui Costa, então, respondeu que
irá investir na construção de metrô e VLTs (Veículo Leve Sobre Trilhos), caso
seja eleito. Mas Rogério da Luz retrucou fazendo referência ao monotrilho, cuja
ideia costuma ser atribuída ao seu padrinho político, Levy Fidelix. "Por
que o senhor não fala no monotrilho? É mais barato para construir [que o
metrô]. Provavelmente porque não dá retorno para os empresários, né. O senhor
tem que se atualizar, aprender e ver o custo-benefício", criticou.
Sobrou até para Lídice, que tem apenas 9% das
intenções de voto. Marcos Mendes questionou como a senadora pode se colocar
como representante da "nova política" na propaganda eleitoral se ela
tem recebido doações de empresas como a Friboi, investigada por escândalos de
corrupção. A candidata do PSB disse que declara suas doações de forma
transparente e que isso não compromete sua possível gestão.
"Eu sou uma defensora intransigente do
financiamento público de campanha. No entanto a lei eleitoral atual permite o
financiamento por empresas privadas. Não sou rica. Temos recebidos doações de
forma absolutamente transparente, dentro da lei, sem caixa dois. Não devo nada,
não tenho a temer nada, nunca me submeti a interesses privados",
argumentou. O candidato do PSOL minimizou a resposta. "Explica, explica,
mas não justifica", emendou Mendes.
Ao final, cada candidato pode fazer suas
considerações finais. Paulo Souto disse que quer diminuir a desigualdade e
prometeu construir novos hospitais. Rui Costa prometeu regionalizar a saúde. A
candidata do PSB prometeu fazer “um pacto pela vida”, como o lançado pelo
ex-governador Eduardo Campos, em Pernambuco, para combater o aumento da
criminalidade. Marcos Mendes elencou as qualidades do PSOL em outros estados, e
citou o deputado estadual Marcelo Freixo, do Rio de Janeiro. Já Rogério da Luz
ironizou todos os outros: “Estou representando a novidade na Bahia”. E ainda
disse que vai transformar a sede do governo estadual em “Museu da Incompetência
Administrativa”.
Agências de notícias
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