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Debate: Na Bahia, candidatos do PT e DEM são pressionados por ‘nanicos’

8/29/2014


Paulo Souto (DEM), líder das pesquisas, e Rui Costa (PT), candidato do atual governador Jaques Wagner, foram pressionados pela candidata do PSB, Lídice da Mata, Marcos Mendes (PSOL) e Rogério da Luz (PRTB)



Os candidatos Paulo Souto (DEM), Rui Costa (PT) e L
O primeiro debate com candidatos ao governo da Bahia, televisionado nesta quinta-feira 29 pela Rede Bandeirantes, terminou de forma positiva, principalmente, para os nomes que estão com pouca ou nenhuma intenção de voto no estado. Em boa parte do tempo, Paulo Souto (DEM), líder das pesquisas, e Rui Costa (PT), candidato do atual governador Jaques Wagner, foram pressionados pela candidata do PSB, Lídice da Mata, Marcos Mendes (PSOL) e Rogério da Luz (PRTB).
O primeiro a ter que rebater as críticas dos adversários de menor expressão foi Paulo Souto. Como ele já foi governador por oito anos e tem 44% da preferência do eleitorado, Rogério da Luz questionou o seu passado à frente do cargo. “O senhor consegue dormir com a consciência tranquila?”, ironizou. A pergunta gerou a primeira discussão. “Não dei autorização para o senhor falar em meu nome", respondeu antes de criticar o adversário.
Mas o clima esquentou mesmo quando Marcos Mendes citou o candidato do DEM em uma de suas respostas. Mendes disse que Souto mente em sua propaganda eleitoral ao contar que construiu um hospital em Alagoinhas, cidade localizada a 120 km de Salvador. A afirmação fez o candidato do DEM pedir direito de resposta à direção da emissora, que concedeu. Souto criticou Mendes por "quebrar o clima de cordialidade" e deu sua versão para o caso. "Nós decidimos reconstruir completamente o hospital. Então não há dúvida nenhuma de que podemos considerar um novo hospital", retrucou.
Rui Costa também teve de responder aos rivais nas várias vezes em que foi relacionado à gestão de Jaques Wagner. Quando o candidato do PT perguntou, por exemplo, quais eram as propostas de Lídice da Mata para os problemas hídricos do estado, acabou ouvindo críticas. "Vossa excelência não conseguiu fazer nem as barragens que foram prometidas no atual governo, e ainda promete fazer o eixo sul da transposição do Rio São Francisco?", questionou.
Em outra oportunidade, Rui Costa teve de ouvir de Rogério da Luz que precisava se informar. Isso porque ele perguntou sobre transporte público para o candidato do governo. Rui Costa, então, respondeu que irá investir na construção de metrô e VLTs (Veículo Leve Sobre Trilhos), caso seja eleito. Mas Rogério da Luz retrucou fazendo referência ao monotrilho, cuja ideia costuma ser atribuída ao seu padrinho político, Levy Fidelix. "Por que o senhor não fala no monotrilho? É mais barato para construir [que o metrô]. Provavelmente porque não dá retorno para os empresários, né. O senhor tem que se atualizar, aprender e ver o custo-benefício", criticou.
Sobrou até para Lídice, que tem apenas 9% das intenções de voto. Marcos Mendes questionou como a senadora pode se colocar como representante da "nova política" na propaganda eleitoral se ela tem recebido doações de empresas como a Friboi, investigada por escândalos de corrupção. A candidata do PSB disse que declara suas doações de forma transparente e que isso não compromete sua possível gestão.
"Eu sou uma defensora intransigente do financiamento público de campanha. No entanto a lei eleitoral atual permite o financiamento por empresas privadas. Não sou rica. Temos recebidos doações de forma absolutamente transparente, dentro da lei, sem caixa dois. Não devo nada, não tenho a temer nada, nunca me submeti a interesses privados", argumentou. O candidato do PSOL minimizou a resposta. "Explica, explica, mas não justifica", emendou Mendes.

Ao final, cada candidato pode fazer suas considerações finais. Paulo Souto disse que quer diminuir a desigualdade e prometeu construir novos hospitais. Rui Costa prometeu regionalizar a saúde. A candidata do PSB prometeu fazer “um pacto pela vida”, como o lançado pelo ex-governador Eduardo Campos, em Pernambuco, para combater o aumento da criminalidade. Marcos Mendes elencou as qualidades do PSOL em outros estados, e citou o deputado estadual Marcelo Freixo, do Rio de Janeiro. Já Rogério da Luz ironizou todos os outros: “Estou representando a novidade na Bahia”. E ainda disse que vai transformar a sede do governo estadual em “Museu da Incompetência Administrativa”.

Agências de notícias

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