História do Brasil é marcada por episódios
marcantes, como as mortes de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves e, recentemente, Eduardo Campos.
Tragédias que resultaram em mortes de políticos ainda estão na memória de muitos brasileiros. E, depois do acidente com Eduardo Campos, pelo menos quatro personagens da História recente do país voltam à lembrança, inevitavelmente. Dois deles também morreram no mês de agosto: Getúlio Vargas (1954) e Juscelino Kubitschek (1976).
Tragédias que resultaram em mortes de políticos ainda estão na memória de muitos brasileiros. E, depois do acidente com Eduardo Campos, pelo menos quatro personagens da História recente do país voltam à lembrança, inevitavelmente. Dois deles também morreram no mês de agosto: Getúlio Vargas (1954) e Juscelino Kubitschek (1976).
Um destes episódios
— que alterou os rumos do Brasil — completa 60 anos no próximo dia 24. Naquela
madrugada, o país parou com a morte do presidente que saiu “da vida para entrar
na História”. Vargas encerrou quase duas décadas como presidente (1930-1945 e
1951-1954) com um tiro no peito, no Palácio da Catete. “O primeiro
episódio significativo para a História, envolvendo morte inesperada de
presidente, foi com Vargas. E desencadeou na eleição de Juscelino Kubitschek”,
afirma o professor de Ciência Política da Unicamp Valeriano Costa.
Os últimos dias no poder foram marcados por pressão política e insatisfação popular. Um dos casos que agravou a crise foi o atentado fracassado contra o jornalista Carlos Lacerda, forte opositor do governo. O responsável pelo crime foi Gregório Fortunato, guarda-costas do então presidente.
Os últimos dias no poder foram marcados por pressão política e insatisfação popular. Um dos casos que agravou a crise foi o atentado fracassado contra o jornalista Carlos Lacerda, forte opositor do governo. O responsável pelo crime foi Gregório Fortunato, guarda-costas do então presidente.
Sobre a morte de JK, em um acidente de carro em 22 de agosto de 1976, o professor ressalta que ainda não foi confirmado se tratou-se de fatalidade ou atentado motivado por questões políticas. “Juscelino seria um candidato à presidência em caso de abertura do regime militar. Ele seria uma liderança na democratização, mas morreu antes”.
Outra morte que mudou a política do Brasil, segundo Valeriano, foi a de Tancredo Neves. Primeiro presidente após a ditadura militar, eleito em janeiro de 1985, ele não chegou a assumir, já que faleceu em abril, no Instituto do Coração, em São Paulo, após 38 dias internado. A causa oficial da morte foi diverticulite. Quem assumiu a presidência foi José Sarney. “Tancredo seria o elo que unia o PMDB com o PFL do Sarney, mas com a morte essa coalizão foi prejudicada”.
Já Ulysses Guimarães estava em helicóptero que caiu em Angra dos Reis, em 12 de outubro de 1992. Presidente da Assembleia Nacional Constituinte que promulgou a Constituição de 1988, na época do acidente ele já não tinha o mesmo protagonismo político. “Era muito respeitado, mas não teria papel central na política, a não ser nos bastidores”.
Infarto matou uma das lideranças do PFL
Uma das perdas significativas de lideranças políticas foi a morte de Luís Eduardo Magalhães, então líder do extinto PFL na Câmara dos Deputados. Aos 43 anos, foi vítima de infarto, depois de uma caminhada, em 21 de abril de 1998.
Filho do então
presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, que morreu em 2007, Luís
Eduardo era pré-candidato favorito ao governo da Bahia e ainda era apontado
dentro do PFL como o principal concorrente do partido à Presidência da
República na eleição de 2002. Ele tinha sido presidente da Câmara entre 1995 e
1997. “A morte do Eduardo Magalhães teve um grande impacto dentro PFL. Ele
era uma liderança muito importante”, aponta Valeriano.
Nereu Ramos:
presidente interino do país por três meses (1955-1956), morreu na queda de
avião no Paraná, dia 16 de junho de 1958.
Roberto Silveira: o então governador do Rio de Janeiro morreu em 28 de fevereiro de 1961, oito dias após ter sofrido acidente de helicóptero em Petrópolis. Era pai do ex-prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira.
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