O brasileiro Marco
Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi executado por fuzilamento às 15h30
deste sábado (17), horário de Brasília, na Indonésia.
A confirmação foi
dada por Tony Spontana, porta-voz da Procuradoria-Geral do país asiático. A
execução ocorreu à 0h30 de domingo (18) pelo horário da Indonésia, dentro do
complexo de prisões de Nusakambangan, em Cilacap, a 400 km da capital Jacarta.
Um médico atestou a morte, que foi confirmada oficialmente à 0h45 no horário
local (às 15h45 em Brasília).
Marco foi o
primeiro cidadão brasileiro na história executado por pena de morte. Ele havia
sido preso em 2003 e condenado em 2004 por tráfico de drogas. Além dele, outras
cinco pessoas foram executadas.
Na véspera da morte, o brasileiro recebeu a
visita da tia, Maria de Lourdes Archer Pinto, 61, e de dois funcionários da
embaixada brasileira em Jacarta. A tia havia levado doce de leite e mel para o
sobrinho. Ela chorava muito desde o início da manhã, diante do fuzilamento
iminente.
Archer trabalhava
como instrutor de voo livre e foi preso em agosto de 2003, quando tentou entrar
na Indonésia, pelo aeroporto de Jacarta, com 13,4 quilos de cocaína escondidos
em uma asa-delta desmontada em sete bagagens.
Ele conseguiu fugir
do aeroporto, mas foi localizado, após duas semanas, na ilha de Sumbawa. Archer
confessou o crime e disse que recebeu US$ 10 mil para transportar a cocaína de
Lima, no Peru, até Jacarta. No ano seguinte, foi condenado à morte.
Ontem, o presidente
indonésio, Joko Widodo, negou pedido de clemência feito pela presidenta Dilma
Rousseff. O presidente Lula já havia enviado duas cartas pedindo clemência
durante seu governo, enquanto Dilma enviou quatro.
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