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Governadores do Nordeste recebem ultimato da Presidente Dilma

3/26/2015


 
Os governadores dos estados do Nordeste que participaram de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira acabaram por receber uma espécie de ultimato. Durante o encontro, que durou mais de quatro horas, os gestores ouviram que a liberação de recursos para novos investimentos na Região somente serão concretizados com a efetiva aprovação do ajuste fiscal que enfrenta problemas para ser viabilizado junto ao Congresso Nacional.

Na prática, o governo federal está colocando pressão sobre os governadores para que estes acionem suas bancadas de maneira a aprovar o pacote econômico e fiscal que está travado nas duas casas legislativas. "O ajuste fiscal é condição indispensável para ter os parâmetros que vão orientar as novas parcerias com os governadores", disse o ministro-chefe da Casa Civil, Aloísio Mercadante

Sem alternativa, os governadores se comprometeram a discutir o ajuste fiscal com as bancadas de seus respectivos estados. O governo federal, porém, deverá manter a continuidade de obras estruturadoras que já estão em andamento e as ações de combate à seca.

"Vamos convidar todos, independentemente do partido, para que possamos debater o ajuste e definir a nossa posição, e deixar claro a posição dos governadores de apoio às medidas de ajuste fiscal. Precisamos substituir a atual agenda política e econômica do país pela construção do cenário futuro. É por isso que afinamos com a presidenta a questão do financiamento da saúde, da segurança pública", disse o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), defendeu a implementação dos ajustes, mas disse que as medidas já deveriam ter entrado em vigor há mais tempo. Apesar disto, ele também disse o PSB irá tratar do ajuste fiscal com independência. "O PSB tem posição de independência, mas entendemos que o ajuste é necessário. Vamos analisar projeto a projeto e o que pode ser discutido. Nosso entendimento é que o Brasil tem que passar pelo ajuste fiscal e que isso deveria ter sido feito antes. O ajuste veio tarde", criticou.
 
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