Os governadores dos
estados do Nordeste que participaram de uma reunião com a presidente Dilma
Rousseff nesta quarta-feira acabaram por receber uma espécie de ultimato.
Durante o encontro, que durou mais de quatro horas, os gestores ouviram que a
liberação de recursos para novos investimentos na Região somente serão
concretizados com a efetiva aprovação do ajuste fiscal que enfrenta problemas
para ser viabilizado junto ao Congresso Nacional.
Na prática, o
governo federal está colocando pressão sobre os governadores para que estes
acionem suas bancadas de maneira a aprovar o pacote econômico e fiscal que está
travado nas duas casas legislativas. "O ajuste fiscal é condição
indispensável para ter os parâmetros que vão orientar as novas parcerias com os
governadores", disse o ministro-chefe da Casa Civil, Aloísio Mercadante
Sem alternativa, os
governadores se comprometeram a discutir o ajuste fiscal com as bancadas de
seus respectivos estados. O governo federal, porém, deverá manter a
continuidade de obras estruturadoras que já estão em andamento e as ações de
combate à seca.
"Vamos convidar todos, independentemente do partido, para que possamos debater o ajuste e definir a nossa posição, e deixar claro a posição dos governadores de apoio às medidas de ajuste fiscal. Precisamos substituir a atual agenda política e econômica do país pela construção do cenário futuro. É por isso que afinamos com a presidenta a questão do financiamento da saúde, da segurança pública", disse o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
"Vamos convidar todos, independentemente do partido, para que possamos debater o ajuste e definir a nossa posição, e deixar claro a posição dos governadores de apoio às medidas de ajuste fiscal. Precisamos substituir a atual agenda política e econômica do país pela construção do cenário futuro. É por isso que afinamos com a presidenta a questão do financiamento da saúde, da segurança pública", disse o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
O governador de
Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), defendeu a implementação dos ajustes, mas disse
que as medidas já deveriam ter entrado em vigor há mais tempo. Apesar disto,
ele também disse o PSB irá tratar do ajuste fiscal com independência. "O
PSB tem posição de independência, mas entendemos que o ajuste é necessário.
Vamos analisar projeto a projeto e o que pode ser discutido. Nosso entendimento
é que o Brasil tem que passar pelo ajuste fiscal e que isso deveria ter sido
feito antes. O ajuste veio tarde", criticou.
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