Em menos de 15 dias, duas bombas
caseiras foram lançadas contra sedes do PT em São Paulo; uma em Jundiaí, no
interior, e ontem na capital; "Não importa de quem foi a mão que atirou os
coquetéis molotov contra as instalações petistas.
E se não fosse contra o PT, mas contra outro partido, teria a mesma gravidade. Este germe da violência política, que andava hibernado desde o final da ditadura, foi agora reativado por todos os que nos últimos tempos se esforçaram para desqualificar a política", escreve Tereza Cruvinel, colunista do 247, em artigo sobre o tema; segundo ela, a divulgação, pela mídia, de protestos que, entre outros atos fascistas, enforcaram bonecos da presidente Dilma e do ex-presidente Lula, "ajudou muito a esquentar o ninho" onde se "choca o ovo da serpente da intolerância política"
E se não fosse contra o PT, mas contra outro partido, teria a mesma gravidade. Este germe da violência política, que andava hibernado desde o final da ditadura, foi agora reativado por todos os que nos últimos tempos se esforçaram para desqualificar a política", escreve Tereza Cruvinel, colunista do 247, em artigo sobre o tema; segundo ela, a divulgação, pela mídia, de protestos que, entre outros atos fascistas, enforcaram bonecos da presidente Dilma e do ex-presidente Lula, "ajudou muito a esquentar o ninho" onde se "choca o ovo da serpente da intolerância política"
No dia 15, a notícia da explosão de um coquetel molotov no diretório do
PT em Jundiaí foi engolida pela caudalosa cobertura das manifestações contra o
partido e a presidente Dilma. Na madrugada de quarta-feira, outra bomba
artesanal foi atirada contra o diretório municipal de São Paulo.
Não importa de quem foi a mão que atirou os coquetéis molotov contra as
instalações petistas. E se não fosse contra o PT mas contra outro partido,
teria a mesma gravidade. Este germe da violência política, que andava hibernado
desde o final da ditadura, foi agora reativado por todos os que nos últimos
tempos se esforçaram para desqualificar a política. Por todos os que instigaram
o ódio e a intolerância contra o PT, a ele direcionando as frustrações com um
sistema político que o partido não inventou, embora não tenha conseguido, é
verdade, escapar de seus tentáculos.
Estamos chocando o ovo da serpente da intolerância política, já disseram
tantos. A cobertura da manifestações pela grande mídia, exaltando um protesto
onde bonecos de Lula e Dilma foram enforcados, onde suásticas desfilaram e os
beneficiários de programas sociais foram estigmatizados, onde se pediu ditadura
e volta dos militares, ajudou muito a esquentar o ninho. A Operação Lava Jato,
com suas investigações seletivas, mirando o PT e poupando outras siglas, também
contribui com a fermentação antipetista. A postura raivosa da oposição e a
ambivalência do PMDB, o partido que é governo mas faz oposição ao governo, são
outros ingredientes. E houve também, por parte do PT, a instigação ao "nós
contra eles" na campanha do ano passado.
Neste caldo de cultura da intolerância estão se criando em São Paulo, a
terra do ódio mais vivo ao PT, estes aprendizes de terroristas. Sim, sem exagero,
o nome é este, segundo as definições acadêmicas ou o senso comum. Terroristas
são as ações políticas violentas dirigidas contra alvos específicos. É
exatamente isso que começa a ser feito contra o PT, que hoje é a bola da vez,
mas amanhã pode ser contra qualquer outro partido ou instituição política.
Brasil 247
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