Imaginemos a seguinte história. Estamos em setembro de 1999, no pior
momento do governo FHC, que foi repleto de maus momentos. Fernando Henrique,
mesmo contando com a blindagem da mídia hegemônica, tinha um grau de aprovação
menor do que o atual índice de Dilma. O desemprego estava em 9,6% (hoje a mídia
“festejou” o aumento do desemprego: 5,9%) e o poder de compra do salário mínimo
era irrisório.
A insatisfação com o PSDB era enorme. Imaginemos que em meio a este cenário duas sedes de diretórios dos tucanos houvessem sido atacadas com bombas, uma delas a da direção regional do PSDB em São Paulo. Editoriais furibundos bradariam contra “os inimigos da democracia”. Manchetes histéricas qualificariam o acontecido como “atos terroristas”. Não é preciso ir tão longe. Quando a União da Juventude Socialista (UJS) protestou em outubro de 2014 contra o crime eleitoral cometido pela revista Veja, jogando tinta e revistas velhas na sede da editora Abril, sem nada quebrar e sem em nenhum momento colocar em risco a integridade física de ninguém, adjetivos como “terroristas” e “inimigos da democracia” foram usados de forma abundante.
A resposta aos fascistas deve ser dada nas ruas e na justiça
Exemplos como estes são cada vez mais comuns. Vejam ao lado esta recente postagem no facebook. Um seguidor de Rodrigo Constantino e Reinaldo Azevedo, defende simplesmente que os professores sejam espancados. Não se sabe por que a denúncia foi feita preservando a identidade do fascista, que já retirou seu perfil da rede. Nós descobrimos seu nome, mas por questão de precaução vamos apenas dar as iniciais do mentecapto: Rodrigo Cabral Júnior. As entidades em defesa dos direitos humanos, bem como as entidades sindicais dos profissionais de ensino devem abrir imediatamente processos contra este cidadão e todos os que façam apologia ao crime, incitando a violência contra quem pensa diferente.
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