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A carta das segundas intenções

4/22/2015

 

 
George Bush e Aécio Neves em 2004 (Carta de Intenções)  
Aécio Neves perdeu as eleições, mas quer porque quer mudar as regras do jogo político, ameaçando quem o derrotou. Quer porque quer se vingar, diuturnamente,  de 54 milhões de eleitores, custe o que custar.

Mas ele  não tem sequer um território político. Só nasceu em Minas Gerais.

Foi criado na zona sul do Rio de Janeiro, na boemia grã-fina do Baixo Leblon. (Possui, também, um apartamento de cobertura em Ipanema).  E mesmo como governador de Minas ele morava na cidade do Rio de Janeiro,  muito além das belas montanhas das Alterosas por ele rejeitadas.

Aécio conhece o Estado de Minas Gerais apenas por cima, quando de avião volta ao Rio ou vai à  Brasília.

Aécio tornou-se burlesco, adotando técnicas semelhantes às do excelente apresentador Sílvio Santos no quadro: “Quem quer dinheiro”. Evidente que seu auditório composto pela grande imprensa o aplaude na espera dos “aviõezinhos”.

A sua atitude pode parecer inocente, mas não é. O grotesco seria não saber o que ele próprio está fazendo, enquanto seus patrocinadores sempre souberam. Eles querem conseguir audiência e apoio popular para atingir seus interesses nas águas turvas.

O senador precisa saber definitivamente que perdeu a última eleição para ele mesmo, foi derrotado no Estado que autoritariamente governou, às vezes por controle remoto.

Quem conhece a política mineira sabe que a origem de Aécio está intimamente ligada à defesa e à representação do capital financeiro internacional. Isso desde os anos 30, quando seu avô Tancredo Neves era extremamente próximo ao  norte-americano Percival Farquhar, que ocupou a presidência da Itabira Iron Ore Company. Na época, era dono do que hoje é conhecido como Companhia Vale do Rio Doce.

Com a saída de cena de Farquhar — devido à nacionalização do setor de mineração para cumprir um acordo de fornecimento de minério aos EUA e à fundação Vale do rio doce, em junho de 1942 — os interesses multinacionais, até então representados no Brasil  por Percival,  foram transferidos para Moreira Salles, banqueiro igualmente próximo de Tancredo.

Posteriormente, no Governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), Tancredo ocupou, de 1956 a 1958,  a Carteira de Redescontos do Banco do Brasil implantando os alicerces do Banco Central. Uma antiga exigência do capital internacional, que lhe foi demandada quando era ministro da Justiça no governo de Getúlio Vargas (de 26 de junho de 1953 a 24 de agosto de 1954 quando o presidente Vargas se suicidou.

Desnecessário dizer que a  presidente Dilma ocupa legitimamente a Presidência da República, pois foi eleita pelo voto popular para o mais alto cargo político do País.
 
Dilma precisa, no entanto,  identificar com quem e a serviço de quais interesses a classe política nacional articula.

A presidente  há de  entender — e só ela, pois grande parte dos integrantes do seu governo oriundos de outras siglas partidárias já entende —  que lidar com o mundo político é o mesmo que participar de um baile de máscaras, onde não se identifica a fisionomia verdadeira de quem usa máscara. Muito menos sua “alma”. Infelizmente para a esquerda e felizmente para a direita. Os primeiros sempre imaginam ser  capazes de cooptar os segundos, enquanto os segundos só lidam com os primeiros já cooptados.

Nesse contexto, vai uma sugestão à Presidente Dilma para que seja solicitado  ao Itamaraty informações sobre a existência de uma autorização legislativa ou dispositivo constitucional que autorizasse  ao então governador de Minas Gerais, Aécio Neves, a celebração de uma “Carta de Intenções”, durante encontro com a elite financeira internacional na Spencer House, em Londres. A carta foi  assinada em 16 de maio de 2004.

Na ocasião, George Bush Pai,  ex-presidente dos EUA, afirmou categoricamente: “Este será o próximo presidente do Brasil”, referindo-se a Aécio. Acontece que o pai do dominador de Bagdá se esqueceu de combinar com os 54 milhões de brasileiros  que disseram Não ao insurgente ex-governador de Minas Gerais.
 
Com informações de viomundo
nma

 

1 comentários:

Elen de Moraes Kochman disse...

Bom dia Caro Senhor.

Depois das mentiras ditas pela candidata durante a campanha para se reeleger, os 54 milhões que votaram nele, hoje, sabendo a verdade não votariam... A prova disso é a sua rejeição altíssima!
Um grande abraço.

22/4/15 10:38

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