O jornalista João Santana reagiu, indignado, à
investigação da Polícia Federal por lavagem de dinheiro, que ancora a edição da
Folha deste domingo, relacionada a negócios em Angola. Segundo a reportagem de
Mário Cesar Carvalho, ele seria suspeito de receber recursos de empreiteiras
brasileiras, com atuação no país africano, que depois seriam repassados ao
Partido dos Trabalhadores.
No site, Santana esclarece que recebeu US$ 20 milhões pela campanha em Angola e que decidiu trazer o dinheiro ao Brasil, via Bradesco, pagando todos os impostos. "Nossa empresa tem reconhecimento internacional e elegeu sete presidentes, um recorde mundial".
5. O contrato da Pólis com a campanha de Haddad foi de R$ 30 milhões, valor totalmente de acordo com os preços do mercado (os serviços de marketing de José Serra, na mesma campanha de 2012, somaram R$ 32,6 milhões). Do total contratado pela campanha de Haddad, R$ 9 milhões foram pagos nos meses de agosto, outubro e novembro de 2012, conforme notas fiscais abaixo anexadas.
"Criminalizar uma internação de recursos,
feita pelo Banco Central, beira o ridículo", diz ele, num vídeo postado
num site criado especialmente para rebater as acusações:
No site, Santana esclarece que recebeu US$ 20 milhões pela campanha em Angola e que decidiu trazer o dinheiro ao Brasil, via Bradesco, pagando todos os impostos. "Nossa empresa tem reconhecimento internacional e elegeu sete presidentes, um recorde mundial".
Santana também questiona a suposição da PF de que
ele receberia de empreiteiras e pagaria o PT. "Eu não pago nada aos meus
clientes, eles é que me pagam". No vídeo, o marqueteiro diz, ainda, que
acionará a Justiça pedindo retratação pelos danos causados à sua imagem.
Numa nota pública, ele disponibilizou todos os
documentos relacionados ao caso, como os impostos pagos à Receita Federal, os
comprovantes da campanha em Angola, que elegeu o presidente José Eduardo dos
Santos, e também da campanha do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que se
elegeu no mesmo ano, com ajuda da Pólis, a empresa do marqueteiro (confira aqui
a nota pública).
"A reportagem da Folha de S. Paulo, supostamente
apoiada em um procedimento investigatório preliminar que corre em segredo de
justiça, do qual os responsáveis da empresa ainda não foram oficialmente
notificados, incorre em graves erros de informação", diz a nota.
Eis, abaixo, os principais pontos sobre os repasses
dos recursos:
A linha investigatória tenta, de forma
insustentável e absurda, dizer que a Pólis trouxe dinheiro de Angola para
financiar a campanha de Fernando Haddad.
1. Os valores pagos pelo MPLA foram depositados na
conta que a Pólis Propaganda e Marketing mantinha no Banco Sol, em Angola, nas
datas de 25 de junho e 27 de julho de 2012, conforme os documentos apresentados
acima. Qualquer rastreamento irá confirmar que só recebemos recursos de nosso
cliente, o MPLA. Tentar relacionar nossa empresa a uma investigação qualquer
não passa de exploração política. A Pólis transferiu os valores para a conta
que mantém no Bradesco, em Salvador, Bahia, onde fica a sua matriz, na data de
14 de setembro de 2012.
2. O compliance do Bradesco exigiu uma ampla
documentação, além do acompanhamento rotineiro do COAF e Banco Central, para
processar o depósito.
3. Esta cuidadosa análise do banco e dos órgãos de
fiscalização fez com que os valores ficassem bloqueados até que fosse atestada
a total legalidade do processo, como é praxe no caso de transferências
internacionais. Em relação ao depósito realizado pela Pólis em 14 de setembro
de 2012, os recursos foram liberados pelo Bradesco em 13 de novembro do mesmo
ano.
4. Não há nenhuma movimentação posterior, de saída
deste dinheiro da conta da Pólis, que caracterize beneficiamento da campanha de
Haddad.
5. O contrato da Pólis com a campanha de Haddad foi de R$ 30 milhões, valor totalmente de acordo com os preços do mercado (os serviços de marketing de José Serra, na mesma campanha de 2012, somaram R$ 32,6 milhões). Do total contratado pela campanha de Haddad, R$ 9 milhões foram pagos nos meses de agosto, outubro e novembro de 2012, conforme notas fiscais abaixo anexadas.
6. A dívida de R$ 21 milhões que restou ao final da
campanha foi assumida pelo Diretório Nacional do PT, e foi parcelada com a
emissão de 21 notas fiscais no valor de R$ 1 milhão, cada uma, para facilitar o
pagamento.
7. A emissão das notas foi feita em 26 de outubro
de 2012 e as parcelas foram pagas ao longo de 2013, através de TEDs,
(transferências eletrônicas) feitas pelo Partido dos Trabalhadores, conforme
notas fiscais abaixo anexadas.
8. Estes fatos e documentos demonstram, cabalmente,
que não houve nenhum artifício ilegal no pagamento dos débitos da campanha de
Haddad.
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