Além de publicar a
reportagem vaga que deu origem ao inquérito contra o ex-presidente Lula, o
jornal O Globo, dos irmãos José Roberto, Roberto Irineu e João Roberto Marinho,
agora acusa o ex-presidente Lula de fazer lobby em favor da Odebrecht no
exterior, a partir de telegramas internos do Itamaraty; Globo acusa Lula de ter
feito gestões pró-Odebrecht em Portugal e em Cuba; um dos crimes de Lula teria
sido comentar, em Lisboa, que empresas brasileiras deveriam se engajar mais no
processo de privatização português; “Como o documento mostra, ele comentou o
interesse da empresa brasileira pela empresa portuguesa. Que, aliás, era
público há muito tempo", apontou, em nota, o Instituto Lula; caçada da família
Marinho ao ex-presidente será implacável até 2018
A caçada da família Marinho ao ex-presidente Lula será implacável daqui
até 2018, ano das próximas eleições presidenciais. Embora a Globo, que
enfrentava sérias dificuldades financeiras no início do governo Lula, em 2004,
tenha sido socorrida com a ajuda do ex-presidente do ex-ministro Antonio
Palocci, o que passou, passou. Agora, a palavra de ordem dentro do maior grupo
de mídia do País é somar todos os esforços para evitar que Lula possa voltar à
presidência.
Os sinais já são evidentes há
bastante tempo. Foi o jornal O Globo, por exemplo, que publicou uma nota vaga
sobre uma viagem de Lula à República Dominicana, que deu origem ao inquérito
aberto no Ministério Público do Distrito Federal contra ele. Foi a revista
Época, também do grupo, que, numa capa surpreendentes, o chamou de "Lula,
o operador". Ontem, tanto Época quanto um editorial do Globo (leia aqui), compararam a situação de Lula à de Eduardo Cunha
– enquanto um acusado do crime de defender empresas brasileiras no exterior,
outro é suspeito de cobrar propina de US$ 5 milhões.
Hoje, os Marinho deram mais um passo em sua tentativa de destruir Lula.
Reportagem de capa do jornal O Globo o acusa de fazer lobby para a Odebrecht em
Portugal e Cuba. As evidências seriam despachos internos do Itamaraty sobre
viagens do ex-presidente. Numa delas, em Lisboa, Lula afirmou que empresas
brasileiras deveriam se engajar mais no processo de privatização português, no
momento em que a Odebrecht cogitava entrar num leilão de uma empresa lusitana.
Em outro, informa-se que Lula se encontrou com Marcelo Odebrecht, preso na
Operação Lava Jato, em Cuba.
Em nota, o Instituto Lula defendeu as ações do ex-presidente. “Como
o documento mostra, ele comentou o interesse da empresa brasileira pela empresa
portuguesa. Que, aliás, era público há muito tempo (…) São inúmeras as empresas
brasileiras que acompanham com interesse o processo de privatizações em curso
em Portugal”, afirmou o Instituto, sobre a questão de Portugal.
“O ex-presidente não recebeu, não recebe e jamais receberá qualquer
pagamento de qualquer empresa para dar consultoria, fazer lobby ou tráfico de
influências”, acrescenta ainda a nota. “As visitas a Cuba foram realizadas
durante outras viagens do ex-presidente a países nos quais realizou palestras”.
O objetivo da família Marinho parece ser o de influenciar o Poder
Judiciário para que Lula seja preso e submetido a constrangimentos antes de
2018. Em editoriais, o Globo já defendeu a abertura do pré-sal a empresas
estrangeiras e também que construtoras internacionais substituam as brasileiras
até mesmo no mercado interno. Recentemente, O Globo publicou um editorial em
que fez um mea culpa por ter apoiado o golpe de militar de 1964, agindo em
sintonia com interesses norte-americanos.
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