Hoje,
6 agosto, o mundo relembra com muito pesar os 70 anos do maior crime de guerra
já desferido contra a humanidade: o holocausto nuclear contra as cidades
japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Crime do qual seus culpados jamais foram
sequer acusados, muito pelo contrário, foram saudados como heróis por terem
vencido e “acabado” com a guerra. Mais do que isso, graças a uma eficiente
campanha de propaganda, Os que jogaram a bomba atômica em Hiroshima tiveram
êxito em fazer com que muitos não vissem os ataques nucleares cometidos contra
o Japão, como crimes de guerra.
O plano original
previa ataques com bombas atômicas a quatro cidades japonesas. O comitê de
alvos do projeto Manhattan decidira atacar Hiroshima, pois segundo as minutas
das reuniões desse comitê, em razão de seu tamanho e planta, “… grande parte da cidade seria
extensamente danificada…”, Nagasaki e Kyoto, pois, ainda de acordo
com essas minutas, Kyoto “…era
um centro intelectual do Japão e seu povo é mais capaz de avaliar o significado
de uma arma assim…” Mas ao invés de Kioto, a outra cidade japonesa escolhida, além de Nagasaki, foi a populosa Hiroshima.

Foi
assim que, no fatídico dia 06 de Agosto de 1945, movidos além de tudo por um
sentimento indissimulável de vingança pelo ataque japonês à base militar de
Pearl Harbor, aviões estadunidenses se aproximaram do primeiro alvo a sofrer os
horrores das armas nucleares. Hiroshima, a então sétima maior cidade japonesa,
com 350 mil habitantes, foi atacada por Little
Boy (apelido da bomba atômica), que até o fim do ano de 1945, decretou a morte de
aproximadamente 150 mil japoneses, dos quais apenas 20 mil eram militares.
Com
a Segunda Guerra Mundial praticamente acabada e sem ter podido justificar o gasto de
2.6 bilhões de dólares no Projeto Manhattan (projeto de construção da bomba atômica),
Harry Truman, então presidente dos Estados Unidos, buscou oportunidades para jogar uma, ou quem sabe até mais, de
suas bombas envenenadas sobre cidades inimigas e demonstrar ao mundo o tamanho
do poder que os Estados Unidos detinham na mão... E assim sobrou para o Japão.

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