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Ninguém merece a serpente golpista

8/26/2015


 
Quando achávamos que teríamos um pouco de paz, que haveria, finalmente, um pouco de respeito ao voto e à soberania popular, a serpente golpista volta a tentar morder o tornozelo da nossa democracia.

Fracassados em sua primeira arremetida, os golpistas voltaram a atacar em duas frentes, ambas patrocinadas por Gilmar Mendes, ministro do STF e do TSE.

A primeira frente é a decisão tomada ontem à noite, no TSE, em favor de reabertura de uma ação proposta pelo PSDB em janeiro deste ano.

A corte tem sete ministros. Como quatro já votaram a favor da ação, em tese ela já está aprovada, mas uma das ministras, Luciana Lóssio, pediu vistas.

Os ministros do TSE são os seguintes: José Antonio Dias Toffoli (Presidente), Gilmar Ferreira Mendes (Vice-Presidente), Luiz Fux, João Otávio de Noronha (Corregedor), Maria Thereza Rocha de Assis Moura, Henrique Neves da Silva, Luciana Christina Guimarães Lóssio.

Concomitante a isso, Gilmar Mendes abriu outra frente de ataque: pediu nova investigação contra contas eleitorais da campanha de Dilma em 2014.

Na votação de ontem, os ministros que não aceitavam concordar com as teses de Gilmar e da oposição eram imediatamente acusados de "favorecer o governo".

A truculência moral e política voltou com força total. E os ministros se intimidam com uma facilidade incrível.

Ninguém faz o mesmo tipo de acusação àqueles que, visivelmente, "favorecem a oposição".

As forças democráticas acharam que tinham esmagado a cobra golpista. Viram-na no chão, semi-morta, mas ela não morreu ainda.

Derrotada a estratégia do impeachment, os tucanos tentarão a via da cassação eleitoral, que não permite sequer o debate político no parlamento.

É a cassação do voto puro e simples.

Vão perder também nesta seara, porque se trata de um golpismo ainda mais autoritário do que um impeachment sem provas.

No impeachment, o povo ainda pode participar da decisão, via seus representantes no parlamento.

E isso acontece num momento em que o Brasil pede, desesperadamente, um pouco de estabilidade política, que permita ao governo e as empresas enfrentarem a crise financeira mundial e o momento difícil da economia.
 
 
O cafezinho 

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