A
principal pauta-bomba de Eduardo Cunha – o impeachment da presidente - foi
desativada ontem pelos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber, deixando a
oposição, e mais exatamente seu "enfant gaté" Aécio Neves sem
discurso, tal como o José do poema de Carlos Drummond de Andrade.
Todos notaram o abatimento de Cunha na condução da sessão de ontem da Câmara dos Deputados.
Todos notaram o abatimento de Cunha na condução da sessão de ontem da Câmara dos Deputados.
A
pauta-bomba agora passa a ser ele.
Enquanto
o assunto impeachment entra no freezer até novembro, quando as liminares de
ontem serão julgadas pelos onze ministros, o assunto principal em Brasília é a
degola de Cunha.
Ele que
estava por cima da carne seca desde janeiro pela primeira vez entra numa zona
de turbulência. Para se salvar vai ter que reorganizar sua estratégia.
Enquanto
empunhava a sua espada de Dâmocles mantinha o governo sob pressão e a oposição
ao seu lado. E proclamava aos quatro ventos que fazia oposição ao governo.
Agora que virou um tigre de papel ao governo não assusta mais. E a oposição não
precisa mais dele.
Como a
única coisa que lhe interessa nesse momento é sair dessa encrenca com o mínimo
de danos, e isso significa ganhar a queda de braço no Conselho de Ética, ele se
vê na iminência de voltar aos braços do governo e do PT. Porque só o PT salva.
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