O deputado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) se revelou um fardo
pesado demais para o PSDB, que, há mais de um ano, contesta o resultado das
eleições presidenciais e tenta promover um golpe contra a democracia
brasileira.
O resultado foi o
que se viu neste domingo, em várias capitais. Mesmo convocados
pelos meios de comunicação conservadores, os protestos reuniram pouquíssimas
pessoas. Restaram figuras da direita raivosa – em muitos casos com pedidos de
intervenção militar e mensagens misóginas, ofensivas, machistas e
preconceituosas como "cadela no poder só lá em casa". São esses fascistas
desordeiros que apóiam o golpe contra a presidente Dilma.
Foi com Cunha e com
essa direita que o PSDB terminou abraçado neste domingo. Não custa lembrar que,
na quinta-feira, sob a liderança do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e
do senador Aécio Neves (PSDB-MG), os tucanos fecharam apoio formal ao golpe. No
sábado, o próprio FHC foi ao Facebook e convocou as massas para os protestos
deste domingo.
O que as ruas
mostraram é que, além da baixa capacidade de mobilização tucana, um golpe conduzido
por Eduardo Cunha pode ser imoral demais até para os padrões brasileiros.
Contra o golpe,
vale dizer, já se posicionaram artistas, intelectuais, juristas, professores,
reitores de universidades, 16 governadores e entidades como CNBB, OAB, UNE, CUT
e MST. Os tucanos, até agora, contam com Cunha e personagens como o ator pornô Alexandre
Frota.
Numa posição politicamente delicada,
o mais provável é que o PSDB agora busque uma nova estratégia: adiar o processo
de impeachment até março, na esperança de que até lá o povo abrace o
golpe. E, de preferência, com um novo presidente da Câmara.
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