O
Ministério da Integração Nacional dará início ao plano de revitalização do Rio
São Francisco nos trechos entre a Bahia e Minas Gerais. Segundo o senador Otto Alencar, a
decisão foi confirmada pelo presidente da Companhia de Desenvolvimento dos
Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), Felipe Mendes.
No
total, duas emendas no valor de R$ 600 milhões reservam recursos no Orçamento
da União deste ano para ajudar a revitalizar o rio. As duas emendas – R$ 300
milhões cada uma – foram sugeridas pelo senador Otto. Uma delas sairá
da Comissão de Meio Ambiente do Senado (CMA), presidida por Otto e a outra da bancada federal baiana.
Em
audiência na CMA no final do ano passado, Otto Alencar defendeu que sem a revitalização
não haverá água para a transposição e o rio será “apenas um caminho de areia em
pouco tempo”. As obras previstas são a de contenção da erosão nas nascentes e
afluentes, dragagem da calha e plantação de matas ciliares. “A chuva tem colaborado,
mas a erosão é muito grande e a areia depositada no fundo do rio serve como
esponja não permitindo que água siga seu curso”, apontou o senador.
O
Programa de Revitalização da Bacia do Rio São Francisco foi criado em 2004 sob
a responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com o
Ministério da Integração Nacional e outros 14 Ministérios, além da Codevasf, a
Agência Nacional de Água (ANA), o Ibama, entre outros órgão federais. O prazo
de execução é de 20 anos.
“É uma
política pública de articulação e integração permanente que envolve a população
local e os governos federal, estadual e municipal”, destaca o MMA em seu site.
Segundo a pasta, a revitalização da bacia do Rio São Francisco emergiu a partir
da edição do Decreto Presidencial, de 5 de junho de 2001, que instituiu o
Projeto de Conservação e Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São
Francisco, em atendimento às demandas da sociedade, em busca de solução para os
problemas identificados e que apresentavam repercussões socioambientais que
contribuíam, contínua e significativamente, para a degradação ambiental da
região.
A
partir de 2004, o Programa de Revitalização foi incluído nos Planejamentos
Plurianuais do Governo Federal para os quadriênios seguintes 2004-2007, 2008-2011
e 2012-2015, mas os recursos previstos não foram totalmente garantidos, o que
dificultou o início das ações.
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