A diretoria executiva da Petrobras aprovou um plano de
desligamento voluntário para até 12 mil empregados, o que representaria um
custo de R$ 4,4 bilhões com as demissões e uma economia da ordem de R$ 33
bilhões até 2020 se considerada adesão total ao plano.
O programa de cortes de pessoal representa 21% do quadro de 57
mil funcionários próprios da Petrobras controladora e abrange o universo de
empregados com condições de se aposentar, informou a companhia em comunicado
nesta sexta-feira.
A Petrobras, que tem buscado reduzir custos em meio à baixa dos
preços do petróleo e alto endividamento, já tinha anunciado na quarta-feira uma
redução de sete para seis no número de diretorias e mudanças no modelo de
governança e gestão que representam corte de 43% nas funções gerenciais em
áreas não operacionais.
A petroleira afirmou que o objetivo do plano de desligamentos
divulgado nesta sexta-feira é adequar a força de trabalho às necessidades do
Plano de Negócios e Gestão, elevar a produtividade e gerar valor para a
companhia.
O período de inscrições ao plano vai de 11 de abril a 31 de
agosto de 2016 e, conforme a Petrobras, “foi desenvolvido tendo como base as
premissas de preservação do efetivo necessário à continuidade operacional da
companhia, com ajuste de pessoal em todas as áreas”.
A petroleira reportou na semana passada um prejuízo recorde de
quase 37 bilhões de reais no quarto trimestre de 2015, afetado por baixas
contábeis relacionadas ao declínio do preço do petróleo e à perda do grau de
investimento.
Em 2015 como um todo, o prejuízo da estatal foi de R$ 34,8 bilhões,
ante prejuízo de R$ 21,6 bilhões em 2014.
O primeiro plano de demissão voluntária da Petrobras foi lançado
em janeiro de 2014 e já teve 6.254 desligamentos. Outros 1.055 empregados
inscritos no programa de saída deixarão a empresa até maio de 2017, segundo a
empresa.
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